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Em formatura de diplomatas, Lula diz que Brasil não tem desavenças e 'quer estar' com Venezuela, Argentina e 'todo mundo'

Por Redação - [email protected]

16/09/2024 às 17:23:00 - Atualizado há
 - Foto: g1.globo.com

No Itamaraty, ele também destacou diversidade da turma de formandos e criticou 'supremacia branca' no Judiciário. Petista não citou, no discurso, queimadas que atingem o país. O presidente Lula durante discurso na formatura de novos diplomatas no Itamaraty Reprodução/Canal Gov O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou nesta segunda-feira (16) o fato de o Brasil não ter conflitos com nenhum país e que "quer estar" com Venezuela, Argentina, China, Estados Unidos e "todo o mundo". Ele deu as declarações durante cerimônia, no Itamaraty, de formatura de novos diplomatas formados pelo Instituto Rio Branco. No pronunciamento, Lula defendeu a soberania brasileira e afirmou que o Brasil "não tem nada contra nenhum país". "Não temos nada contra os Estados Unidos, mas somos soberanos. Não temos nada contra a China, mas somos soberanos. E o Brasil quer estar com a China, com a Índia, com os Estados Unidos, com a Venezuela, com a Argentina. O Brasil quer estar com todo mundo. Agora, de forma soberana, respeitável. Porque não aceitamos ser menor que ninguém", disse. As relações entre Venezuela e Argentina atravessam um momento de grave crise. O governo de direita de Javier Milei afirma que o processo eleitoral venezuelano foi fraudado e que o presidente Nicolás Maduro é um ditador. Em represália, o regime autoritário de Maduro expulsou os diplomatas argentinos de Caracas. Os interesses da Argentina na Venezuela, então, passaram a ser defendidos pela embaixada brasileira. Lula, por sua vez, já disse mais de uma vez que o Brasil não reconhece a vitória de Nicolás Maduro nas eleições de julho. O petista também afirmou não endossar a ideia de que a oposição venezuelana foi a vencedora do pleito e cobra a divulgação das atas eleitorais. Líder da oposição na Venezuela cobra que Brasil 'eleve sua voz' contra repressão de Maduro 'Supremacia branca' no Judiciário Lula também elogiou o Instituto Rio Branco, responsável pela formação dos novos diplomatas, pela turma com maior presença de mulheres e negros. O presidente também disse ter se deparado com uma "supremacia branca" durante a posse de um ministro em um tribunal. Ele não especificou a qual evento se referia. "Eu fui na posse de um ministro em um tribunal, era uma supremacia branca que não tem nada a ver com a realidade brasileira. Eu dizia que não vi nenhum aluno do Prouni naquela posse. Eu não vi nenhum aluno do Fies. Parecia que era um outro mundo", afirmou. "Então quando venho aqui e vejo que o Brasil está representado na questão de gênero, representado na questão racial, eu fico com orgulho. Orgulho porque o Itamaraty é um centro de excelência", completou o petista. Lula fala sobre clima, mas não cita queimadas Lula falou sobre clima no discurso, mas não mencionou as queimadas no país, as quais o governo tem encontrado dificuldade para combater. O presidente voltou a afirmar que o Brasil tem, na transição energética, uma nova oportunidade para se desenvolver, já que é um país "imbatível" quando se trata de produção de energia limpa. "Nunca o mundo viu o Brasil com tanta importância, não é só pelo agronegócio, pelo minério de ferro, pela e pela carne. ?? porque, em se tratando de energia, o Brasil é um país imbatível. Basta que a gente seja grande, pense grande, acorde e transforme esse sonho em realidade", declarou o presidente. Segundo Lula, essa oportunidade de crescimento permite ao Brasil "se apresentar ao mundo de cabeça erguida, sem complexo de vira-lata, sem complexo de inferioridade". Aos novos diplomatas, o petista também disse que o Brasil defende a manutenção da paz e não quer se envolver em guerras, como a do leste europeu, entre Rússia e Ucrânia. "Por isso é importante o Brasil não participar da guerra da Ucrânia e da Rússia. Por isso que é importante o Brasil dizer: 'Nós queremos paz, não queremos guerra'. Aqueles que querem conversar conosco poderiam ter conversado conosco antes da guerra. Por isso é que repudiamos massacre contra mulheres e crianças na palestina, da mesma forma que repudiamos o terrorismo do Hamas", declarou.
Fonte: g1.globo.com
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