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VIOLENCIA

'Tudo 2' e 'Tudo 3': Facções criminosas usam sinais para identificar membros e rivais

Sinais simples feitos com os dedos em fotos podem representar risco de morte, por estarem associados a facções criminosas


Gestos com dois ou três dedos em fotos de pessoas inocentes estão sendo fatais. Interpretados como saudação ou provocação a facções criminosas, levaram a mortes violentas no Ceará, Bahia e Mato Grosso. A situação também chama atenção no Amazonas, que possui a atuação de pelo menos quatro facções criminosas, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

De acordo com a especialista Goreth Campos Rubim, professora mestre em segurança pública, a situação é bastante complexa, já que as facções criminosas estão utilizando de simbologias próprias para demonstrar quem são os faccionados e dominar territórios.

A especialista alerta para a deturpação de gestos comuns, utilizados como forma de identificação entre membros de facções, o que pode gerar "situações bem mais graves como morte ou tortura de pessoas". Os dialetos e simbologias das facções, principalmente CV e PCC, são disseminados em pichações e dominação de territórios na capital e interior do estado.

Gestos comuns, como sinais feitos com as mãos, e até o uso de marcas de tênis como Nike e Adidas têm sido apropriados pelas organizações para marcar território e identificar membros. "Essa deturpação de gestos, símbolos e até marcas de sapato pode gerar situações graves, como tortura ou até morte de pessoas, como vimos acontecer recentemente na Bahia", alertou Goreth Campos.

Simbologia

O CV, facção originária do Rio de Janeiro, tem como a principal expressão "é nós", e o número dois, representando sua sigla. Mas há também quem use as duas mãos e representa o C e o V em fotos e vídeos publicados nas redes sociais.

Já o PCC, de São Paulo, principal rival do CV, utiliza o número três em gestos com as mãos e a saudação "é a gente!".

"As pessoas devem evitar utilizar essas simbologias principalmente em áreas periféricas, para evitar possíveis investigações e processos indevidos, bem como até evitar que o sujeito venha a ser morto por facções criminosas", orienta a especialista.

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