Acusado de estelionato é um dos principais cabos eleitorais de Roberto Cidade

Esse ao lado do candidato Roberto Cidade é o ex-presidente da Agência Amazonense de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental " (AADESAM), Erick Hudson da Silva Alves, é réu em um processo que apura suposta pratica de estelionato praticada em 2017 em uma transação de venda de automóvel, na época o presidente da agência atuava como contador de empresas.

Nas redes sócias de Erick, ele fortalece o seu vínculo com Roberto cidade e pede abertamente voto para o candidato. Na época que Erick foi presidente da AADESAM, Roberto era presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM).

Várias denúncias apontam o uso da Agência para desviar dinheiro para campanhas eleitoras. Cidade deveria abrir uma CPI ou fiscalizar os milhões que passaram pela AADESAM durante a gestão de Erick, mas isso nunca aconteceu.

Estelionato

Na ação, consta que Erick utilizou os documentos e falsificou a assinatura de um dos seus clientes para adquirir um carro modelo Kia New Cerato Sedan, junto ao banco BV financeira. Ainda de acordo com os documentos, a vítima só teve conhecimento da fraude após o banco entrar em contato cobrando o pagamento das parcelas atrasadas do veículo.

Ministério Público

"Os denunciados, agindo em concurso e com unidade de desígnios, cometeram o delito tipificado no Art. 171 do CP, (estelionato). Destarte, não resta dúvida quanto à culpabilidade. Ficou amplamente demonstrado no inquérito policial que os denunciados agiram de forma livre e consciente. Ambos obtiveram vantagem ilícita financiamento de um carro, mantendo a vítima em erro, mediante meio fraudulento uso de documentos da vítima e falsificação de assinatura em contrato", diz parte do trecho da denúncia do Ministério Público do Amazonas.

Depoimento

Durante depoimento no 25° Distrito policial, o presidente da agência confirmou a fraude e disse que realizou a falsificação porque estava desempregado e tinha muitas dívidas com agiotas da cidade. Segundo ele, para realizar o ato fraudulento recebeu quatro parcelas de R$ 800,00.

Acordo Penal

Em janeiro de 2022, o advogado de defesa de Erick solicitou junto ao Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), um acordo de não persecução penal. Ou seja, solicitou junto a justiça um acordo para que o processo seja arquivado e não seja dado seguimento.

Durante audiência de instrução o juiz Anésio Rocha Pinheiro homologou o acordou e decidiu que o presidente da AADESAM deve comparecer todos os meses junto ao judiciário para informar sua atividade, reparar o dano causado a vítima, além de está proibido de se ausentar do Amazonas sem autorização.

Nomeação

Em março de 2021, Erick Alves assumiu a Diretoria Administrava e Financeira da AADESAM. Em abril de 2022, Erick Hudson da Silva Alves foi nomeado presidente da Agência, após a saída de José Nilmar Alves de Oliveira.