A estimativa foi feita com dados de 2024, que mostram que, atĂ© a Ășltima segunda-feira (16), 538 municĂpios decretaram situação de emergĂȘncia por conta dos incĂȘndios. "O crescimento Ă© alarmante quando Ă© feita a comparação com o ano passado, com 3.800 pessoas afetadas e apenas 23 municĂpios tendo decretado situação de emergĂȘncia", disse a CNM.
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No mesmo perĂodo do ano passado, a população afetada por incĂȘndios florestais era de 630,7 mil pessoas, em 120 municĂpios.
Diante desse cenĂĄrio, a CNM defende a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 31/2024, que institui o Conselho Nacional de Mudança ClimĂĄtica, a Autoridade ClimĂĄtica Nacional e o Fundo Nacional de Mudança ClimĂĄtica.
O conselho deverĂĄ ser composto pelos presidentes da RepĂșblica, da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Pela proposta, tambĂ©m participarão do colegiado um ministro de Estado, trĂȘs governadores de Estado, eleitos entre si; trĂȘs representantes dos municĂpios, escolhidos pelo conjunto dos chefes do Poder Executivo municipal; e a Autoridade ClimĂĄtica Nacional.
A Autoridade ClimĂĄtica Nacional serĂĄ nomeada pelo Presidente da RepĂșblica dentre os membros de lista trĂplice elaborada pelo Conselho Nacional de Mudança ClimĂĄtica, para exercĂcio em perĂodo coincidente com o mandato de deputado federal, com direitos e deveres de ministro de Estado.
CaberĂĄ à Autoridade ClimĂĄtica subsidiar a execução e implementação da PolĂtica Nacional sobre Mudança do Clima; regular e monitorar a implementação das ações e metas setoriais de mitigação, de adaptação e de promoção da resiliĂȘncia às mudanças do clima; e realizar articulação interministerial das polĂticas climĂĄticas, entre outras atribuições.
A proposta destina ainda 3% da arrecadação dos Impostos de Renda e sobre Produtos Industrializados (IPI), ao Fundo Nacional sobre Mudança do Clima.
"A Confederação justifica essa medida porque o modelo tradicional de aplicação de recursos pĂșblicos não tem produzido resultados adequados na promoção de medidas efetivas que possam prevenir e enfrentar as consequĂȘncias da mudança climĂĄtica", diz a instituição.
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