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Incêndios podem ter afetado mais de 11 milhões de pessoas no Brasil


- Foto: agenciabrasil.ebc.com.br

A Confederação Nacional dos MunicĂ­pios (CNM) estima que 11,2 milhões de pessoas jĂĄ foram diretamente afetadas por incĂȘndios florestais nas cidades brasileiras desde o inĂ­cio deste ano. Os nĂșmeros constam de levantamento feito pela entidade, que calcula os prejuĂ­zos econômicos com as queimadas em R$ 1,1 bilhão.

A estimativa foi feita com dados de 2024, que mostram que, atĂ© a Ășltima segunda-feira (16), 538 municĂ­pios decretaram situação de emergĂȘncia por conta dos incĂȘndios. "O crescimento Ă© alarmante quando Ă© feita a comparação com o ano passado, com 3.800 pessoas afetadas e apenas 23 municĂ­pios tendo decretado situação de emergĂȘncia", disse a CNM.

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O levantamento tambĂ©m traz informações sobre os decretos de emergĂȘncia por seca/estiagem nos municĂ­pios brasileiros neste ano e diz que o Brasil teve 9,3 milhões de pessoas afetadas e mais de R$ 43 bilhões em prejuĂ­zos econômicos.

No mesmo perĂ­odo do ano passado, a população afetada por incĂȘndios florestais era de 630,7 mil pessoas, em 120 municĂ­pios.

Diante desse cenĂĄrio, a CNM defende a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 31/2024, que institui o Conselho Nacional de Mudança ClimĂĄtica, a Autoridade ClimĂĄtica Nacional e o Fundo Nacional de Mudança ClimĂĄtica.

O conselho deverĂĄ ser composto pelos presidentes da RepĂșblica, da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Pela proposta, tambĂ©m participarão do colegiado um ministro de Estado, trĂȘs governadores de Estado, eleitos entre si; trĂȘs representantes dos municĂ­pios, escolhidos pelo conjunto dos chefes do Poder Executivo municipal; e a Autoridade ClimĂĄtica Nacional.

A Autoridade ClimĂĄtica Nacional serĂĄ nomeada pelo Presidente da RepĂșblica dentre os membros de lista trĂ­plice elaborada pelo Conselho Nacional de Mudança ClimĂĄtica, para exercĂ­cio em perĂ­odo coincidente com o mandato de deputado federal, com direitos e deveres de ministro de Estado.

CaberĂĄ à Autoridade ClimĂĄtica subsidiar a execução e implementação da PolĂ­tica Nacional sobre Mudança do Clima; regular e monitorar a implementação das ações e metas setoriais de mitigação, de adaptação e de promoção da resiliĂȘncia às mudanças do clima; e realizar articulação interministerial das polĂ­ticas climĂĄticas, entre outras atribuições.

A proposta destina ainda 3% da arrecadação dos Impostos de Renda e sobre Produtos Industrializados (IPI), ao Fundo Nacional sobre Mudança do Clima.

"A Confederação justifica essa medida porque o modelo tradicional de aplicação de recursos pĂșblicos não tem produzido resultados adequados na promoção de medidas efetivas que possam prevenir e enfrentar as consequĂȘncias da mudança climĂĄtica", diz a instituição.

agenciabrasil.ebc.com.br

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