"O nĂșmero de casos reportado da nova variante vem aumentando rapidamente hĂĄ diversas semanas. Felizmente, relativamente poucas mortes foram registradas ao longo das Ășltimas semanas", destacou o diretor-geral da Organização Mundial da SaĂșde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.
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Durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (30), em Genebra, o diretor-geral da OMS informou ter se reunido com o presidente da RDC, FĂ©lix Tshisekedi, que prometeu US$ 10 milhões para combater o surto na região. "TambĂ©m me reuni com parceiros globais e locais para tratar da ampliação da vacinação contra outras doenças, incluindo pólio, sarampo e malĂĄria".
Vacina
Tedros destacou que a OMS estĂĄ se mobilizando para acelerar o acesso e a entrega de vacinas contra a mpox na RDC e em paĂses vizinhos que enfrentam surtos. Segundo ele, os fabricantes de duas vacinas que previnem a doença entregaram à entidade, na Ășltima sexta-feira (23), pedidos para uso emergencial das doses.
"Estamos analisando essa documentação o mais rĂĄpido possĂvel. A segurança e a eficĂĄcia de vacinas são nossas prioridades mais altas. Não pegaremos nenhum atalho", disse Tedros. "Os dois principais compradores de vacinas para paĂses de baixa renda, Gavi [Aliança Mundial para Vacinas e Imunização] e Unicef [Fundo das Nações Unidas para a Infância], exigem autorização da OMS para uso emergencial em paĂses que ainda não possuem autorização local", acrescentou.
"A necessidade de autorização da OMS para uso emergencial, entretanto, não Ă© uma barreira na RDC. A agĂȘncia reguladora do paĂs aprovou ambas as vacinas contra a mpox em junho deste ano e o governo apelou por doações de doses por parte de paĂses de alta renda", destacou o diretor.
Testagem, medicamentos e pesquisas
Segundo Tedros, a OMS solicitou, nessa quinta-feira (29), que fabricantes de testes para diagnóstico de mpox tambĂ©m submetessem manifestações de interesse para uso emergencial. "Hoje, recebemos a primeira expressão de interesse", disse.
"Nos Ășltimos dois dias, promovemos encontros com pesquisadores para identificar prioridades nas pesquisas sobre mpox e auxiliar numa abordagem coordenada e colaborativa para o desenvolvimento de vacinas, testes e medicamentos", completou. "?? importante destacar que, apesar de serem uma ferramenta poderosa, as vacinas não são a Ășnica ferramenta de combate à mpox."
O diretor-geral da OMS lembrou que o surto da nova variante 1b acontece em uma das regiões mais pobres e inseguras da RDC, dificultando a reposta contra a doença. "O que essa região da RDC precisa, mais do que qualquer outra coisa, Ă© de uma solução polĂtica para a insegurança, sobretudo no leste".
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