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Saúde

Mpox: OMS já confirmou 258 casos de nova variante fora do Congo


- Foto: agenciabrasil.ebc.com.br

A RepĂșblica DemocrĂĄtica do Congo (RDC) notificou, ao longo do ano de 2024, cerca de 18 mil casos provĂĄveis ou suspeitos de mpox e 629 mortes provocadas pela doença " incluindo mais de 5 mil casos e 31 mortes registradas nas provĂ­ncias de Kivu do Norte e Kivu do Sul, onde a nova variante 1b foi identificada.

"O nĂșmero de casos reportado da nova variante vem aumentando rapidamente hĂĄ diversas semanas. Felizmente, relativamente poucas mortes foram registradas ao longo das Ășltimas semanas", destacou o diretor-geral da Organização Mundial da SaĂșde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

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Dados da entidade mostram ainda 258 casos da variante 1b confirmados no Burundi; quatro em Ruanda; quatro na Uganda; e dois no QuĂȘnia, alĂ©m de um na SuĂ©cia e um na Tailândia " as primeiras infecções fora do continente africano. "TambĂ©m seguimos preocupados com surtos da variante 1a [mais antiga] em outras partes da RDC", disse Tedros.

Durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (30), em Genebra, o diretor-geral da OMS informou ter se reunido com o presidente da RDC, FĂ©lix Tshisekedi, que prometeu US$ 10 milhões para combater o surto na região. "TambĂ©m me reuni com parceiros globais e locais para tratar da ampliação da vacinação contra outras doenças, incluindo pólio, sarampo e malĂĄria".

Vacina

Tedros destacou que a OMS estĂĄ se mobilizando para acelerar o acesso e a entrega de vacinas contra a mpox na RDC e em paĂ­ses vizinhos que enfrentam surtos. Segundo ele, os fabricantes de duas vacinas que previnem a doença entregaram à entidade, na Ășltima sexta-feira (23), pedidos para uso emergencial das doses.

"Estamos analisando essa documentação o mais rĂĄpido possĂ­vel. A segurança e a eficĂĄcia de vacinas são nossas prioridades mais altas. Não pegaremos nenhum atalho", disse Tedros. "Os dois principais compradores de vacinas para paĂ­ses de baixa renda, Gavi [Aliança Mundial para Vacinas e Imunização] e Unicef [Fundo das Nações Unidas para a Infância], exigem autorização da OMS para uso emergencial em paĂ­ses que ainda não possuem autorização local", acrescentou.

"A necessidade de autorização da OMS para uso emergencial, entretanto, não Ă© uma barreira na RDC. A agĂȘncia reguladora do paĂ­s aprovou ambas as vacinas contra a mpox em junho deste ano e o governo apelou por doações de doses por parte de paĂ­ses de alta renda", destacou o diretor.

Testagem, medicamentos e pesquisas

Segundo Tedros, a OMS solicitou, nessa quinta-feira (29), que fabricantes de testes para diagnóstico de mpox tambĂ©m submetessem manifestações de interesse para uso emergencial. "Hoje, recebemos a primeira expressão de interesse", disse.

"Nos Ășltimos dois dias, promovemos encontros com pesquisadores para identificar prioridades nas pesquisas sobre mpox e auxiliar numa abordagem coordenada e colaborativa para o desenvolvimento de vacinas, testes e medicamentos", completou. "?? importante destacar que, apesar de serem uma ferramenta poderosa, as vacinas não são a Ășnica ferramenta de combate à mpox."

O diretor-geral da OMS lembrou que o surto da nova variante 1b acontece em uma das regiões mais pobres e inseguras da RDC, dificultando a reposta contra a doença. "O que essa região da RDC precisa, mais do que qualquer outra coisa, Ă© de uma solução polĂ­tica para a insegurança, sobretudo no leste".

agenciabrasil.ebc.com.br

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