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Maduro comparece à Suprema Corte para validar reeleição em meio à pressão internacional


- Foto: g1.globo.com

Líder do partido do presidente venezuelano falou sobre declarações de María Corina Machado sobre proposta de 'negociação com garantias' para Maduro: 'Ela não está em condições de negociar nada'. Nicolás Maduro com aliados na Suprema Corte Federico PARRA / AFP O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, compareceu nesta sexta-feira (9) à Suprema Corte e pediu para validar sua questionada reeleição, em meio a uma crescente pressão internacional para que sejam divulgadas as atas da votação de 28 de julho, acusada de fraude pela oposição. Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), o presidente venezuelano foi reeleito com 52% dos votos, frente aos 43% de seu adversário, Edmundo González Urrutia, mas não publicou os detalhes da votação, alegando que o sistema de votação foi hackeado. A oposição denunciou fraudes e afirmou ter 80% das atas, que comprovam a vitória de González Urrutia. O chavismo rejeita as provas apresentadas pela oposição e as classifica como falsas. Maduro comparece à Suprema Corte venezuelana Federico PARRA / AFP Antes do presidente venezuelano, o poderoso líder chavista Diosdado Cabello esteve no TSJ representando o do partido do governo e falou sobre as declarações dadas pela líder da oposição, María Corina Machado, à AFP. Mais cedo, ela falou que propõe uma "negociação para a transição democrática", que "inclui garantias, salvo-condutos e incentivos para as partes envolvidas, neste caso o regime derrotado na eleição presidencial". "Ela não está em condições de negociar nada. Oferecendo condições para quem? Aqui houve um resultado dado pelo CNE, que é o órgão regulador, [no qual] Nicolás Maduro Moros foi o vencedor, aceito pelos venezuelanos e pelas venezuelanas", declarou Cabello a jornalistas. Estados Unidos, que reconheceram a vitória de González Urrutia, União Europeia - que solicitou uma "verificação independente" do processo eleitoral -, e países da América Latina, incluindo aliados de Maduro como Brasil, México e Colômbia, exigem a publicação das atas. O presidente da CNE, Elvis Amoroso, compareceu à Suprema Corte na segunda-feira e disse ter entregue todo o material solicitado: registros de votação das mesas eleitorais, o registro final da apuração e uma cópia da proclamação de Maduro. Segundo anunciou a presidente do TSJ, Caryslia Rodríguez, o material será analisado em um prazo de 15 dias que pode ser "prorrogado". Edmundo González Urrutia foi convocado pela instância judicial na quarta-feira, mas não compareceu ao chamado, alegando "vulnerabilidade absoluta" e "violação do devido processo" em um comunicado. Maduro continua, por sua vez, denunciando um "ataque" e tem como alvo as redes sociais. O presidente, que afirma ter parado de usar o WhatsApp, determinou na quinta-feira a suspensão do X por 10 dias.

g1.globo.com

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