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Comissão do Senado aprova convites para que Mauro Vieira e assessor de Lula falem sobre eleição contestada na Venezuela


- Foto: g1.globo.com

Chanceler e Celso Amorim não são obrigados a comparecer à Comissão de Relações Exteriores. Vitória de Nicolás Maduro é vista com desconfiança pela comunidade internacional. Ex-chanceler Celso Amorim, assessor especial da Presidência e o chanceler brasileiro, Mauro Vieira Edilson Rodrigues e Pedro França/Agência Senado A Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado convidou nesta quinta-feira (8) o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Celso Amorim, a prestar esclarecimentos sobre sua participação, como enviado especial do governo brasileiro, no acompanhamento das eleições da Venezuela. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, também foi convidado pelo colegiado para falar sobre o pleito contestado pela comunidade internacional. Os convites foram aprovados de forma simbólica, após negociação entre o governo e a oposição. Celso Amorim e Mauro Vieira não são obrigados a comparecer. O presidente da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), marcou para a próxima quinta-feira (15) a audiência com Amorim. O colegiado também espera ouvir Vieira nas próximas semanas. Desconfiança de organismos internacionais "Eu temo muito que possa haver um conflito muito grave", diz Amorim sobre a Venezuela Ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim viajou à Venezuela para acompanhar o processo eleitoral no país em 28 de julho. O país enfrenta uma tensão política e social após Nicolás Maduro ter sido proclamado vencedor da disputa, sob a desconfiança de organismos internacionais e da oposição no país. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela proclamou a reeleição de Maduro na última segunda (29), com cerca de 97% das urnas apuradas. O órgão eleitoral venezuelano afirma ter apurado que Nicolás Maduro reuniu 51,95% dos votos " enquanto seu opositor, Edmundo González, 43,18%. Opositores de Maduro e a comunidade internacional têm contestado o resultado e cobrado a divulgação das chamadas atas eleitorais " uma espécie de boletim das urnas. Segundo uma contagem paralela da oposição, González teria vencido Maduro com 67% dos votos, contra 30% de Maduro. Amorim tem defendido e reforçado pedidos do governo brasileiro para que a Venezuela publique integralmente as atas da eleição presidencial. Em entrevista à GloboNews nesta quarta (8), o assessor de Lula disse ser "lamentável que as atas não tenham aparecido" após o término das eleições venezuelanas. Os governos do Brasil, da Colômbia e do México assinaram nota conjunta, na última quinta (1º), em que pedem a divulgação de atas eleitorais na Venezuela. A nota pediu também a solução do impasse eleitoral no país pelas "vias institucionais" e que a soberania popular seja respeitada com "apuração imparcial".

g1.globo.com

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