O comunicado diz que o Brasil "reafirma ainda o princĂpio fundamental da soberania popular, a ser observadora por meio da verificação imparcial dos resultados". O Itamaraty tambĂ©m cumprimentou a Venezuela pelo fato das eleições terem sido realizadas em clima pacĂfico.
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O governo brasileiro enviou como representante para acompanhar a votação o embaixador Celso Amorim, assessor especial de Relações Internacionais da PresidĂȘncia da RepĂșblica.
HĂĄ a expectativa de que o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela publique todas as atas com os resultados eleitorais por urna. Com isso, Ă© possĂvel verificar se as atas em mãos do CNE são as mesmas impressas na hora da votação e que foram distribuĂdas aos fiscais da oposição ou aos observadores nacionais e internacionais.
Apesar de o CNE ter anunciado a vitória de NicolĂĄs Maduro por 51,21% dos votos com 80% das urnas apuradas, a oposição liderada pelo candidato Edmundo GonzĂĄlez não reconheceu o resultado. Na madrugada desta segunda-feira (29), a lĂder da oposição MarĂa Corina Machado disse que eles tiveram acesso a 40% das atas e que elas indicariam que GonzĂĄlez venceu.
Lideranças de paĂses ao redor do mundo se dividem entre aquelas que não reconhecem o resultado, como os presidentes do Equador, Daniel Noboa, e da Argentina, Javier Milei; as que não desconhecem o resultado, mas pedem a publicação das atas, como a Colômbia, os Estados Unidos, a União Europeia e o Brasil, e aqueles que parabenizaram Maduro pela vitória, sem contestar a publicação das atas, como RĂșssia, BolĂvia, China e Cuba.
Em discurso após o anĂșncio da sua vitória, NicolĂĄs Maduro pediu que os paĂses respeitem o resultado eleitoral. "O Poder eleitoral tem um sistema eleitoral de altĂssimo nĂvel de confiança, segurança e transparĂȘncia com 16 auditorias", garantiu, acrescentando que "quando houve o debate em que Donald Trump denunciou que lhe roubaram as eleições nos Estados Unidos, nós não nos metemos nisso".
Questionados pela oposição pelo menos desde 2004, os resultados das eleições venezuelanas costumam ser alvo de desconfiança de parte da comunidade internacional. PorĂ©m, nos Ășltimos pleitos, organizações internacionais como o Centro Carter e a Missão de Observação da União Europeia não apontaram fraude no voto e denĂșncias de fraudes de pleitos passados não foram formalizadas no paĂs.
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