"Foi uma vitória no sufoco, por 1 a 0. Foi importante a vitória porque os próximos jogos são contra o Japão e a Espanha, que são seleções fortĂssimas. Creio em uma medalha, mas vai ter que melhorar muito ainda", disse Eduardo da Silva, de 43 anos, que foi à fanfest acompanhado da esposa e do filho. "Pelo elenco, o Brasil poderia ter produzido mais, mas tem o lance do nervosismo de estreia."
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Quem tambĂ©m acha que a seleção ainda pode melhorar Ă© a torcedora Fernanda Zaguis, de 37 anos. "Vim aqui hoje torcer pelo Brasil. O jogo foi bom, mas temos uns pontos para melhorar, como o entrosamento da defesa. Tivemos boas oportunidades, e a Marta brilhou, como sempre, fazendo lances incrĂveis. Acho que, com o passar da competição, o entrosamento da equipe ainda vai melhorar."
Para Fernanda, a expectativa Ă© que Marta possa encerrar seu ciclo na seleção com "chave de ouro, conquistando a inĂ©dita medalha de ouro".
Esporte e superação
A corredora Ana Luiza dos Anjos Garcez, mais conhecida como Ana Animal, tambĂ©m esteve na fanfest do Parque Villa-Lobos para torcer pelo Brasil na tarde de hoje. Conhecida pelo pĂșblico paulistano por sempre estar presente nas principais competições esportivas torcendo pelo Brasil, ela chegou à fanfest com uma produção especial: portava uma corneta e estava com os cabelos trançados nas cores da bandeira nacional. "Para fazer esse cabelo aqui dói. Mas eu não posso ficar sem meu look do Brasil", brincou.
"Vim correndo para cĂĄ. Nem almocei. Foi um desespero para chegar aqui, mas deu tempo de assistir [ao jogo]. Eu gostei do Brasil. As meninas são raçudas, mas precisam ter mais força para chutar. Precisam chegar mais perto para meter bica. Pode melhorar mais um pouco. Hoje eu estava aqui gritando, nervosa, arrancando meus cabelos", enfatizou.
Ana Animal, que jĂĄ viveu nas ruas de São Paulo, especialmente na região da Cracolândia, reconhece a importância do esporte. Foi nele que ela encontrou força e superação. "Sou ex-moradora de rua. Morei 23 anos na rua. Um ex-secretĂĄrio de Esportes me viu na televisão e me perguntou se eu queria sair da rua. Ele me tirou de lĂĄ e me arranjou um lugar para ficar. Comecei a correr e larguei tudo. Graças ao esporte, eu estou aqui hoje, viva! Se não fosse pelo esporte, eu poderia estar morta ou na cadeia. Eu amo o esporte", afirmou.
Espaço do torcedor
Pela primeira na história dos Jogos OlĂmpicos, uma fanfest oficial ocorre fora da cidade-sede. Chamada de Festival OlĂmpico Parque Time Brasil, a fanfest que foi criada no Parque Villa-Lobos estĂĄ acompanhando, ao vivo, o desempenho dos atletas brasileiros em Paris em sete telões instalados no local. A programação tambĂ©m conta com interação com atletas e ex-atletas, megashows e uma ĂĄrea gastronômica.
Na tarde ensolarada desta quinta-feira, por exemplo, muitos pais levaram os filhos para acompanhar o jogo da seleção feminina de futebol. E, no intervalo das partidas, as crianças ainda puderam curtir as atrações promovidas por patrocinadores, como a piscina de surf, a parede de escalada e atĂ© uma apresentação de duas atletas da ginĂĄstica rĂtmica.
O festival Ă© uma iniciativa do ComitĂȘ OlĂmpico Brasileiro (COB), em parceria com o DC Set Group e a AgĂȘncia Deponto e serĂĄ realizado atĂ© o dia 11 de agosto, quando terminam os Jogos de Paris. A expectativa dos organizadores do evento Ă© que mais de 200 mil pessoas frequentem o espaço nesse perĂodo.
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