De acordo com a denĂșncia do MinistĂ©rio PĂșblico (MPRJ), o crime aconteceu no dia 29 de abril de 2018, no Morro do Dezoito, no bairro da Ăgua Santa, zona norte da cidade. O acusado efetuou disparos de pistola e fuzil contra Matheusa, que havia saĂdo de um evento em uma casa próxima à comunidade, entrou em surto e retirou as próprias roupas, entrando nua na comunidade.
NotĂcias relacionadas:
- ViolĂȘncia polĂtica de gĂȘnero e raça Ă© tema de encontro no Rio.
- Brasil registra um crime de estupro a cada seis minutos em 2023.
Ainda segundo o MPRJ, o crime foi cometido por motivo torpe, uma vez que serviu apenas para demonstrar o poder da facção criminosa que domina a comunidade. O corpo da vĂtima foi esquartejado e incinerado no alto do morro. Os familiares de Matheusa nunca tiveram acesso aos restos mortais.
Materialidade
Em um texto publicado no Facebook, na Ă©poca do crime, a irmã de Matheusa, Gabe Passarelli, confirmou a morte. "Poucas são as possibilidades de encontrarmos alguma materialidade, alĂ©m das milhares que a Matheusa deixou em vida e que muito servirão para que possamos ressignificar a realidade brutal que estamos vivendo", disse na rede social.
A Coordenadoria Especial de Diversidade Sexual da prefeitura do Rio (Ceds) também se manifestou sobre o crime e lamentou a morte da estudante.
O coordenador NĂ©lio Georgini contou que "as denĂșncias de casos de agressão a lĂ©sbicas, gays, bissexuais e transexuais do Rio de Janeiro cresceram mais de 100% entre janeiro e abril de 2018, em relação a 2017". O órgão pondera que isso não necessariamente significa que ocorreram mais agressões e pode refletir tambĂ©m o aumento da procura por formalizar as denĂșncias na Ceds.
agenciabrasil.ebc.com.br