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Ex-chefe de Polícia Civil do RJ diz que nunca falou com irmãos Brazão


- Foto: agenciabrasil.ebc.com.br

O delegado de PolĂ­cia Civil Rivaldo Barbosa, suspeito de participação nos homicĂ­dios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, disse nesta segunda-feira (15) que nunca teve contato com os irmãos Domingos Brazão e Chiquinho Brazão, acusados de serem os mandantes do crime. Preso desde o dia 24 de março, Barbosa participou de audiĂȘncia no Conselho de ??tica e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, por videoconferĂȘncia.

"A Ășnica coisa que eu fiz foi indicar o delegado que prendeu o Ronnie Lessa [rĂ©u confesso da execução dos homicĂ­dios] com provas tĂ©cnicas. Eu nunca falei com nenhum irmão Brazão, nem assunto pessoal, profissional, polĂ­tico religioso, espiritual ou mesmo de lazer. Eu nunca falei com essas pessoas na minha vida", disse o delegado, ex-chefe da PolĂ­cia Civil do Rio de Janeiro.

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Rivaldo Barbosa tambĂ©m disse que as milĂ­cias são um "câncer" no Rio de Janeiro. "A milĂ­cia hoje no Rio de Janeiro Ă© um câncer, um mal, Ă© uma coisa horrĂ­vel que faz com que mortes aconteçam. Eu lutei muito contra as milĂ­cias, e hoje estou aqui por ter brigado tanto com essas pessoas. A milĂ­cia faz com que muitas pessoas sejam mortas, inclusive a vereadora Marielle e o motorista Anderson", disse.

Barbosa, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão e o irmão dele, Chiquinho Brazão, deputado federal (sem partido-RJ) foram denunciados por participação nos assassinatos. Segundo as investigações, o ex-chefe da PolĂ­cia Civil deu orientações, a mando dos irmãos Brazão, para realização dos disparos contra Marielle e o motorista Anderson Gomes. A participação de Barbosa na reunião do Conselho de ??tica foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Na reunião do Conselho de ??tica, o vereador da Câmara Municipal do Rio de Janeiro Willian Coelho (Democracia Cristã) disse que a relação do deputado Chiquinho Brazão com Marielle Franco sempre foi muito boa. "Nunca presenciei nenhuma animosidade, nenhum desentendimento, nem com nenhum vereador da Câmara", disse, ressaltando que a vereadora era muito respeitada e querida.

O depoimento faz parte do processo de cassação do mandato do deputado Chiquinho Brazão, acusado de quebra de decoro parlamentar pela suposta participação no crime.

agenciabrasil.ebc.com.br

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