O governador do Amazonas Wilson Lima (União Brasil) falou nesta quinta-feira (20/06) sobre as medidas que estão sendo tomadas para combater os efeitos da estiagem nos rios do Amazonas. Entre as ações estão a emissão de um decreto de emergência já nos próximos dias e o envio de ajuda humanitária.
Wilson Lima informou que vai decretar Estado de Emergência em três calhas: Solimões, Juruá e Purus. "Neste ano, o período de estiagem vai se antecipar em trinta dias. Agora, lá no Solimões, já estamos tendo dificuldades na navegação. Então, tudo indica que nós teremos uma situação bem severa. Como o Solimões já está bem abaixo do que no mesmo período do ano passado, a gente já precisa a partir de julho decretar essa emergência para que a gente possa antecipar essas ações. Da mesma forma, isso se repete na calha do Juruá e do Purus", disse Wilson Lima.
Na noite de quarta-feira (19/06), Wilson Lima participou de forma online da assinatura do edital de contratação para serviços de dragagem em quatro trechos do rio Amazonas e Solimões. Serão investidos R$ 505 milhões em obras para recuperar a capacidade de navegação dos rios, essencial no transporte de pessoas e no escoamento de mercadorias.
Nesta quinta, o governador também falou mais detalhes sobre o edital. "A gente já percebe uma diminuição significativa no nível do rio no alto Solimões, isso já dificulta a navegação naquela região. Eu estive terça-feira em Humaitá e lá o Rio Madeira já começa a ficar comprometido para a navegação. O ministro Silvio Costa anunciou a possibilidade de já iniciar na semana que vem o processo de dragagem ali na calha do Rio Madeira".
Auxílio humanitário
Wilson Lima também destacou as ações humanitárias que já começam a ser feitas como o envio de medicamentos, ações de incentivo a produção e o envio de cestas básicas
"Já começamos a mobilização de envio de medicamentos extras para que os municípios possam fazer estoque. Também já estamos conversando com mantenedores da área de saúde e também iniciando o processo de manutenção daqueles equipamentos que são cruciais para o atendimento dos pacientes", afirmou. "Já instalamos 10 kits do programa Água Boa. Já está sendo preparado também um programa de irrigação com subsídio do Estado. Um sistema que custa R$ 15 mil. ?? um sistema que o Estado financia com 70% e aí o produtor paga apenas 30%. Vamos intensificar também o Programa Pró-Calcário e isso evita que o pequeno produtor tenha que abrir mais áreas para ele fazer o plantio".