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MANAUS

Crimes envolvendo influencers têm crescido em Manaus

Pelo menos quatro casos chamaram atenção da população nos últimos meses


Em Manaus, os influenciadores digitais têm feito cada vez mais sucesso nas redes sociais, mas nem sempre a visibilidade é positiva. Recentemente, uma blogueira teve a casa saqueada por aplicar golpe em internautas e dois influencers foram mortos a tiros por envolvimento no mundo do crime. No ano passado, um grupo de influenciadores chamou atenção por coordenar esquema fraudulento de rifas ilegais.

Na avaliação do delegado Cícero Túlio, titular do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), esse tipo de atuação criminosa praticada por influenciadores digitais têm se proliferado em vários estados e tem sido objeto de diversas operações pelo Brasil.

"Não só aqui, mas temos conhecimento que em outros estados têm sido comum, por exemplo, os criminosos cooptarem esses influencers para gerenciar esquemas de rifas e jogos digitais promovendo o que antes era realizado por intermédio do jogo do bicho", comentou.

O delegado destaca que é importante a população estar atenta aos conteúdos postados pelos influenciadores.

Sorteios Clandestinos
No ano passado, outro esquema fraudulento operado nas redes sociais chamou atenção dos manauaras e gerou indignação. Um grupo de influenciadores digitais atuava promovendo a divulgação de sorteios clandestinos em um sistema de premiação sem registro, por meio do Instagram. O esquema de venda de rifas ilegais foi deflagrado em junho de 2023 e chegou a movimentar R$ 5 milhões em dois anos.

João Lucas da Silva Alves, conhecido como ""Lucas Picolé"", Enzo Felipe da Silva Oliveira, apelidado de ""Mano Queixo"", Isabelly Aurora e Aynara Ramilly foram presos durante a "Operação Dracma" e dois deles, Lucas e Enzo, também foram indiciados por tráfico de drogas. Os influencers vendiam drogas sintéticas e negociavam armas de fogo e munições em Manaus.

Dona Beauty
Recentemente, uma blogueira de 17 anos, conhecida nas redes sociais como "Donna Beauty" teve a casa saqueada, na zona Centro-Sul da capital, após aplicar golpes na internet, com a venda de cosméticos, eletrônicos e eletrodomésticos com preços abaixo do mercado.

A população se revoltou quando a jovem excluiu as redes sociais após ser cobrada. Ela afirmava que os produtos chegariam entre 30 ou 60 dias para quem comprou, mas nunca foram enviados. As denúncias apresentadas no Boletim de Ocorrência (B.O) revelam que a adolescente aplicou golpes de até R$ 20 mil. A polícia ainda investiga o caso.

Execuções
Em dezembro do mesmo ano, a influenciadora digital Ivone Dantas Fernandes, conhecida como ""Victorinne Fernandes"" na internet, foi morta com 14 disparos de arma de fogo na saída de um bar na zona Centro-Sul. A jovem de 25 anos estaria começando a se envolver com o mundo do tráfico, conforme foi constatado pela polícia.

"Ela não era faccionada, mas estaria começando a se envolver nesse mundo. Conseguimos prender o executor do crime, Elzo Aquino Feleol, e ele sim faz parte de uma facção criminosa. Existe a possibilidade desse assassinato estar relacionado a um acerto de contas"", explicou a delegada Marília Campello, adjunta da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), no dia da prisão de um dos suspeitos de participar do crime.

Outro influenciador morto a tiros na capital foi João Victor Bezerra de Souza, de 22 anos, o "Vitinho Cell". Em fevereiro deste ano, o jovem estava em um lava-jato no bairro Betânia, quando foi surpreendido por uma dupla em uma motocicleta, que atirou mais de uma vez contra ele. Um amigo de João Victor também foi baleado, mas sobreviveu.

De acordo com as investigações da polícia, Vitinho já tinha sido preso em fevereiro de 2023, por participação em assaltos na zona Centro-Sul da capital. Em julho do mesmo ano, o influencer também se envolveu em um acidente de trânsito. Na ocasião, ele atropelou duas pessoas que estavam em uma moto.

Jogo do Tigrinho
Na região Norte, uma operação policial no Pará prendeu sete influenciadores digitais em dezembro do ano passado. Todos os suspeitos ganhavam dinheiro para incentivar os seguidores a fazerem apostas em plataformas de jogos de azar, ilegais no Brasil. A divulgação do conhecido "Jogo do Tigrinho" já ocasionou outras prisões de influencers no país.

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