Portal de NotĂ­cias AdministrĂĄvel desenvolvido por Hotfix

Notícias

Governo lança plano de prevenção e combate à violência contra a mulher


- Foto: agenciabrasil.ebc.com.br

O MinistĂ©rio das Mulheres lançou nesta terça-feira (19) o Plano de Ação do Pacto Nacional de Prevenção aos FeminicĂ­dios. As ações fazem parte das comemorações do Março das Mulheres: o #BrasilporElas no enfrentamento à misoginia e na promoção da igualdade.

O objetivo do plano Ă© prevenir mortes violentas de mulheres por questão de gĂȘnero e, tambĂ©m, garantir os direitos e o acesso à justiça para todas as que se encontram em situação de violĂȘncia e tambĂ©m para suas famĂ­lias.

Mulheres foram as que mais sofreram com o fascismo dos Ășltimos anos, disse a ministra Cida Gonçalves - Fabio Rodrigues-Pozzebom/AgĂȘncia Brasil

NotĂ­cias relacionadas:

Durante a cerimônia de lançamento, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, afirmou que elas foram as que mais sofreram com o fascismo implantado no Brasil nos Ășltimos anos. "Nossos corpos, nossas vidas e nossas conquistas foram jogados [fora]. E construir casas do Minha Casa Minha Vida Ă© mais fĂĄcil que construir costumes, valores, comportamentos, esperança e dignidade. E, por isso, Ă© muito mais difĂ­cil. Enquanto fazemos isso, eles continuam pregando o ódio e a violĂȘncia."

Sob a coordenação do MinistĂ©rio das Mulheres, o Plano de Ação do Pacto Nacional de Prevenção aos FeminicĂ­dios contarĂĄ com interação da Casa Civil da PresidĂȘncia da RepĂșblica e dos ministĂ©rios dos Direitos Humanos e da Cidadania; da Educação; da SaĂșde; da Justiça e Segurança PĂșblica; dos Povos IndĂ­genas; da Igualdade Racial; do Desenvolvimento, AssistĂȘncia Social e Combate à Fome; da Gestão e da Inovação em Serviços PĂșblicos e do Planejamento e Orçamento.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, disse que a eliminação do feminicĂ­dio deve ser para toda a população, assim como a reversão de todas as formas de violĂȘncia contra mulheres e meninas no paĂ­s, mas que Ă© preciso perceber o impacto do racismo. "Para realidades distintas, focos especĂ­ficos devem ser observados nas polĂ­ticas. As pautas de gĂȘnero e raça perpassam todas as ações.

"A história do Brasil tem que afirmar que foram as mulheres negras que pariram esse paĂ­s. A mãe gentil dos filhos deste solo cantada no Hino Nacional Ă© uma mãe negra e avós e bisavós negras, em um fio que não se encerra", afirmou Anielle Franco, em referĂȘncia à deputada federal Benedita da Silva (PT"RJ).

Segundo a ministra Anielle Franco, a eliminação do feminicĂ­dio tem que ser para toda a população - Fabio Rodrigues-Pozzebom/ AgĂȘncia Brasil

As mulheres indĂ­genas foram representadas pela secretĂĄria nacional de Gestão Ambiental e Territorial IndĂ­gena do MinistĂ©rio dos Povos IndĂ­genas (MPI), Ceiça Pitaguary. Para Ceiça, Ă© importante fomentar iniciativas socioeconômicas que fortalecem saberes e prĂĄticas tradicionais dos povos indĂ­genas, a partir do fortalecimento e da gestão de coletivos de mulheres indĂ­genas, combater o feminicĂ­dio e erradicar a violĂȘncia e a discriminação contra elas.

"[?? preciso] fortalecer as mulheres indĂ­genas atravĂ©s de informações sobre seus direitos, oportunidades de estudo nas instituições de ensino superior e diversos espaços da sociedade e na gestão ambiental de seus territórios, proporcionando condições para que alcancem sua autonomia econômica e polĂ­tica respeitando suas especificidades culturais.

Eixos

O plano de ação terĂĄ R$ 2,5 bilhões em recursos para desenvolver 73 medidas, distribuĂ­das em dois eixos: estruturante e o transversal. O primeiro Ă© composto pelas trĂȘs formas de prevenção à violĂȘncia contra mulheres: primĂĄria, secundĂĄria e terciĂĄria.

A primeira parte pretende evitar a violĂȘncia por meio da mudança de crenças e comportamentos para eliminar os estereótipos, promover a cultura de respeito e não tolerância à discriminação, por exemplo, com a formação de mulheres lĂ­deres comunitĂĄrias e realização de oficinas de escuta nacional com mulheres.

O segundo momento de prevenção à violĂȘncia inclui ações para intervir precocemente a fim de evitar a repetição e o agravamento da violĂȘncia de gĂȘnero, como repasses financeiros a serviços de acolhimento provisório de mulheres ameaçadas de violĂȘncia domĂ©stica e familiar ou em situação de risco de morte.

Na terceira etapa da fase preventiva, o objetivo Ă© diminuir os efeitos da violĂȘncia e promover a garantia de direitos e de acesso à justiça e a direitos como saĂșde, educação, segurança, justiça, trabalho, entre outros.

JĂĄ o eixo transversal Ă© dividido em produção de dados, entre os quais, a ampliação de notificações de violĂȘncia de gĂȘnero; conhecimento, por meio da realização de pesquisas e diagnósticos; e redação de documentos e normas.

Conheça as 73 medidas do Plano de Ação do Pacto Nacional de Prevenção aos FeminicĂ­dios

agenciabrasil.ebc.com.br

governo lanca plano prevencao combate violencia contra mulher

Assine o Portal!

Receba as principais notĂ­cias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar GrĂĄtis!

Assine o Portal!

Receba as principais notĂ­cias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar GrĂĄtis!