Amazonas EM MANAUS

Professor e ex-companheira são presos em operação contra rede de pedofilia em Manaus

A dupla deve responder pelos crimes de ameaça, estupro de vulnerável e armazenamento de mídias pornográficas de cunho infantojuvenil

Por Redação - [email protected]

19/11/2024 às 17:22:09 - Atualizado há

Uma operação da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) resultou na prisão de um professor de inglês e sua ex-companheira, suspeitos de integrar uma rede de pedofilia em Manaus. A dupla é acusada de abusar sexualmente de pelo menos cinco alunas da escola onde o homem lecionava.

Durante as prisões, que ocorreram nos bairros Jorge Teixeira e Santa Etelvina, nesta terça-feira (19), também foi cumprido um mandado de busca e apreensão, onde foram apreendidos aparelhos eletrônicos que serão encaminhados para perícia.

A ação, que faz parte da Operação Hagnos, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, foi deflagrada no dia 1º de novembro e até esta terça-feira (19), prendeu 21 pessoas em todo o Amazonas, sendo 9 em flagrante.

De acordo com a delegada Juliana Tuma, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), o professor utilizava sua posição para aliciar as alunas, que têm idades entre 12 e 13 anos, prometendo melhores notas em troca de favores sexuais.

"Ele ameaçava as adolescentes com imagens que gravava dos crimes, coagindo-as a manterem o relacionamento. Elas eram coagir e compelidas a se relacionarem com ele, inicialmente, com promessas de notas maiores, depois, vinham as chantagens com fotos e vítimas íntimas. Durante as investigações, descobrimos que ele de fato compartilhava as imagens entre os membros da rede criminosa de pedofilia", explicou a delegada.

"As meninas eram compelidas a se relacionarem com ele, inicialmente, com promessas de notas maiores, depois, vinham as chantagens com fotos e vítimas íntimas", destacou a delegada Juliana Tuma.

A ex-companheira do professor também estava envolvida nos crimes, participando de abusos sexuais em grupo com as vítimas.

"Durante a primeira oitiva, o professor demonstrou total falta de arrependimento, considerando o relacionamento com as alunas como algo normal. Nós apreendemos diversos aparelhos que possivelmente contém materiais de pornografia infantil entre ele, a ex-companheira e essas menores. Apuramos que eles praticavam sexo grupal com essas adolescentes, em algumas ocasiões. Essa era outra forma de ameaçar as vítimas", afirmou a delegada.

"Nos celulares das próprias vítimas conseguimos materialidades suficientes para pedir a prisão preventiva dos dois. Portanto, eles seguem para uma unidade prisional, enquanto aguardam a decisão final da Justiça", disse a autoridade policial.

A dupla deve responder pelos crimes de ameaça, estupro de vulnerável e armazenamento de mídias pornográficas de cunho infantojuvenil.

As investigações continuam em andamento para identificar outros possíveis envolvidos na rede de pedofilia.

Balanço da operação

Até o momento, ao todo, 21 prisões, sendo nove flagrantes e 12 cumprimentos de mandados, foram efetuadas pela Depca, e 10 prisões, flagrante e cumprimento de mandados, pelas Delegacias Interativas (DIP) e Especializadas de Polícia (DEP) do interior. Além disso, também houve cumprimento de mandados de busca e apreensões, palestras e Centrais Integradas de Fiscalização (CIFs).

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