O vereador Rodrigo Guedes (Progressistas) voltou a criticar, na última terça-feira (17), os colegas da Câmara Municipal de Manaus pelas ausências durante o período de campanha eleitoral.

“Não existe essa brincadeira de achar que vereadores podem parar o trabalho por conta do período eleitoral. Eu, todo dia, venho aqui. O único que veio em todas as sessões desde o início do mandato e todos os dias eu venho aqui tratar de assuntos importantes e fazer as votações que também são importantes para a cidade. Então, essa história de recesso por conta do período eleitoral é fora de cogitação. Eu, particularmente, não vou permitir vereador que tentar fazer isso, eu vou expor, cada nome de cada vereador que tentar fazer essa palhaçada com a população”, disse Guedes em entrevista a uma rede de comunicação de Manaus.

Essa não é a primeira vez que o parlamentar faz esse tipo de observação a respeito dos integrantes da Câmara Municipal de Manaus. Em agosto, após as convenções partidárias e quando as campanhas já estavam em curso, Guedes observou, durante sessão plenária, que o painel da Casa Legislativa registrava a presença de 34 vereadores, enquanto o número de parlamentares presentes na sessão era menor.

“Dá para contar em uma mão a quantidade de vereadores presentes no plenário… Não pode o vereador estar na rua fazendo campanha em horário de expediente”, criticou o parlamentar na ocasião.

Segundo Rodrigo Guedes, o comportamento dos vereadores de Manaus é recorrente. “Desde o início do mandato, se a gente observar muito bem, é sempre assim, o plenário vazio!”, pontuou.

Ele ainda fez um comparativo entre as “benesses” disponibilizadas para a atividade parlamentar e as regras impostas ao trabalhador brasileiro.

“Aí, eu pergunto ao cidadão, ao trabalhador brasileiro: você tem essa regalia de faltar ao trabalho e não acontecer nada com você? Não, né? Porque isso só acontece no mundo político, essa é a vida boa da classe política brasileira, que pode faltar e não acontece nada. Não é nem descontado, você faz um documentozinho ali, uma palhaçada, dizendo que foi não sei para onde representar a Câmara. Aí, sem nenhuma comprovação, sem nenhuma autorização, simplesmente pega o abono da falta”, expôs o político.

Guedes ainda mencionou algo que para ele é “pior”: vereadores que chegam “cedo, batem o ponto e saem”. Há ainda aqueles, segundo o membro do partido Progressistas, que chegam no final das sessões plenárias, “batem o ponto e constam como presença”.