Silvio Almeida estava à frente do ministĂ©rio desde o inĂcio de janeiro de 2023 e foi demitido após denĂșncias de ter cometido assĂ©dio sexual.
A organização observou que, apesar do currĂculo acadĂȘmico, capacidade de oratória e visibilidade nas redes, Silvio Almeida vinha sendo visto "com reservas" por vĂĄrias lideranças do movimento negro.
Em 2020, após assassinato de João Alberto Freitas, dentro de um supermercado Carrefour em Porto Alegre, o então ministro assumiu a condução do ComitĂȘ de Diversidade do Carrefour.
As denĂșncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas pĂșblicas pelo portal de notĂcias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.
Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vĂtimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
Horas após as denĂșncias virem a pĂșblico, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, VinĂcius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias.
A Comissão de ??tica da PresidĂȘncia da RepĂșblica decidiu abrir procedimento para apurar as denĂșncias.
A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que "o governo federal reconhece a gravidade das denĂșncias" e que o caso estĂĄ sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possĂveis violĂȘncias contra as mulheres exigem".
A PolĂcia Federal (PF) tambĂ©m abriu investigações sobre as denĂșncias.
Em nota divulgada à imprensa na noite desta quinta-feira, Silvio Almeida diz repudiar "com absoluta veemĂȘncia" as acusações, às quais ele se referiu como "mentiras" e "ilações absurdas" com o objetivo de prejudicĂĄ-lo.