O advogado Mozarth Ribeiro Bessa Neto, que representa os réus Cleusimar de Jesus Cardoso, Ademar Farias Cardoso Neto, Hatus Moraes Silveira, Verônica da Costa Seixas, Claudiele Santos da Silva e José Máximo Silva de Oliveira, solicitou à Justiça que o processo do "Caso Djidja Cardoso" seja mantido sob segredo de justiça. Os acusados foram denunciados pelo Ministério Público e enfrentam julgamento na 3ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas da Comarca de Manaus.
A solicitação de urgência foi apresentada ao juiz Celso Souza de Paula, que havia retirado o sigilo do processo no último dia 29 de agosto, em preparação para a audiência de instrução iniciada no dia 4 de setembro. A decisão de tornar o processo público ocorreu porque, segundo o magistrado, não haveria mais necessidade de manter o sigilo durante essa fase do julgamento.
No entanto, Mozarth Bessa argumenta que o segredo de justiça é necessário para preservar a intimidade dos envolvidos, especialmente em um caso de grande repercussão. No pedido, o advogado destaca que a divulgação pública dos autos tem causado um "estardalhaço" em torno da imagem da falecida Dilemar Cardoso, conhecida como Djidja, o que, segundo ele, fere a dignidade e memória da vítima. Bessa também criticou a cobertura de veículos de comunicação, alegando falta de respeito moral e social, além de insensibilidade para com a falecida.
"O objetivo do segredo de justiça é impedir que o público em geral tenha acesso aos autos, preservando a intimidade das pessoas envolvidas no processo ou procedimento e protegendo um interesse social. Infelizmente, a imagem da falecida Dilemar Cardoso [Djidja] está sendo exposta de maneira inadequada por diversos portais e veículos de comunicação, sem o devido respeito", afirmou Bessa em pedido encaminhado à Justiça.
Agora, o pedido está sob análise do juiz Celso Souza de Paula, que decidirá se o processo voltará a ser protegido pelo segredo de justiça, com o objetivo de garantir a privacidade dos envolvidos e evitar a exposição pública do caso.