Os sete candidatos a Prefeitura de Manaus receberam até o dia 02 de setembro o valor de R$ 11,92 milhões entre doações de pessoas físicas, recursos próprios e dinheiro do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, também conhecido como “fundão eleitoral”. Os dados constam no portal Divulgacand do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que divulga valores relacionados a campanha dos candidatos de todo o Brasil.

Em Manaus, os candidatos podem gastar até R$ 18,5 milhões, sendo R$ 13,2 milhões no primeiro turno e R$ 5,3 milhões no segundo. Além disso, eles também poderão contratar até 1.716 pessoas para trabalharem na campanha.

Entre os sete candidatos, o que mais possui dinheiro para campanha é o candidato do União Brasil, Roberto Cidade, que recebeu até a segunda-feira R$ 6,5 milhões. Ao todo foram três transferências feitas pela direção nacional do União Brasil, sendo uma no valor de R$ 3,5 milhões, outra de R$ 2 milhões e a terceira de R$ 1 milhão. Há também uma doação do próprio candidato no valor de  R$ 50 mil feita pelo próprio. Roberto Cidade ainda não registrou despesas a partir desse valor.

Logo atrás de Cidade, a campanha com mais verba é a do prefeito e candidato a reeleição David Almeida (Avante). Almeida conta com R$ 3,96 milhões enviados pelo diretório nacional do Avante. Assim como o candidato do União Brasil, ele também não declarou nenhuma despesa no sistema do TSE.

O terceiro candidato mais bem financiado é o ex-deputado Marcelo Ramos (PT), que recebeu R$ 995,2 mil do diretório nacional do Partido dos Trabalhadores. Marcelo que faz parte da Federação Brasil da Esperança, que também inclui o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e o Partido Verde (PV) também ainda não declarou despesas a Justiça Eleitoral.

Campanhas com menos dinheiro

Abaixo de Roberto Cidade, David Almeida e Marcelo Ramos, o candidato Amom Mandel (Cidadania) até o momento recebeu R$ 282,8 mil em recursos. O registro do principal doador da campanha do parlamentar é uma pessoa física identificada como Julio Cezar Furtado de Queiroz, que enviou R$ 137 mil para a candidatura por meio de PIX, sendo responsável por 48,43% das verbas eleitorais de Amom até o momento. O segundo maior doador foi o próprio deputado, que colocou R$ 100 mil do próprio bolso na campanha. Diferente dos demais candidatos, Amom Mandel abdicou do 'Fundão Eleitoral'.

O candidato do ex-presidente Jair Bolsonaro Alberto Neto (PL) possui receita de R$ 53 mil, mas já acumulou despesas de R$ 1,1 milhão. Em sua declaração consta que a maior parte desses gastos destinados a cabos eleitorais e "líderes de rua".

Gilberto Vasconcelos (PSTU) arrecadou R$ 46,3 mil, majoritariamente do fundo eleitoral do partido, e já gastou R$ 5 mil em serviços contábeis e aluguel de espaço para eventos. Já o deputado estadual Wilker Barreto (Mobiliza) é o candidato com menos dinheiro para campanha. Ele recebeu R$ 40,3 mil, proveniente de doações pessoais e de apoiadores, e gastou R$ 13 mil, principalmente com cabos eleitorais.