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Manaus,16/09/2024

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Julgamento de Policiais Envolvidos no “Fim de Semana Sangrento” de 2015 Começa nesta segunda (02)


Julgamento de Policiais Envolvidos no “Fim de Semana Sangrento” de 2015 Começa nesta segunda (02)

Policiais militares Messias do Carmo Leite Junior e Elielton Gama da Silva. Imagens da câmera da viatura foram importantes.

Começa nesta segunda-feira (02), o julgamento dos policiais militares Messias do Carmo Leite Junior e Elielton Gama da Silva, acusados de envolvimento nos homicídios que marcaram o chamado “Fim de Semana Sangrento”, ocorrido entre os dias 17 e 20 de julho de 2015, em Manaus. A série de assassinatos, que tirou a vida de mais de 30 pessoas, é atribuída a um suposto grupo de extermínio formado, em parte, por policiais militares.

O caso teve início com o assassinato do sargento da Polícia Militar, Afonso Camacho Dias, em um assalto, desencadeando uma onda de violência que aterrorizou a cidade. Segundo o ministério público, conversas encontradas no celular do casal de empresários Janaína e Mouhamad Moustafa, revelam suposta recompensa de R$ 20 mil por responsáveis pela morte do policial. Em uma das mensagens trocadas via WhatsApp obtidas com exclusividade pelo portal, Moustafa afirma: “Já achamos um e vamos achar os outros dois. Já ofereci 20 por cabeça”. Em outra mensagem, ele diz: “Uma cabeça já me deram, faltam duas”.

Entre as vítimas do “Fim de Semana Sangrento” está Ruan Afonso Macedo de Lima, um adolescente de 17 anos. Ruan foi abordado pelos policiais Messias e Elielton após cometer um roubo, sendo posteriormente levado a um local ermo, onde foi baleado no olho por Messias. Mesmo após o disparo, Ruan conseguiu se arrastar até ser encontrado por um vigia e levado ao hospital. Contudo, não resistiu aos ferimentos, falecendo cinco meses depois.

As investigações apontaram que os assassinatos ocorreram em retaliação pela morte do sargento e foram orquestrados por um grupo de policiais militares. Além disso, as investigações, que resultaram na Operação “Alcateia”, identificaram outros 12 policiais suspeitos de envolvimento nos crimes, além de três civis associados ao grupo.
O Ministério Público será representado pelo promotor de Justiça Flávio Mota Morais Silveira, que buscará justiça para o jovem Ruan no julgamento que começa nesta segunda.

O julgamento, que ocorre sob grande expectativa, é um marco importante na busca por justiça para as vítimas e por uma resposta às práticas de violência cometidas por agentes do Estado em Manaus.




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