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Cidade "foge" de sabatina com grupo de jornalistas em Manaus

Candidato foi duramente criticado pela suposta estratégia de evitar entrevistas com profissionais que cobrem a política local.


Manaus (AM) " O candidato a prefeito de Manaus Roberto Cidade (União Brasil) não compareceu a uma sabatina programada entre um grupo de jornalistas de diferentes empresas que cobrem política em Manaus, embora tenha confirmado que participaria do evento.

Na ocasião, o presidente da Assembleia Legislativa (Aleam) foi duramente criticado pelos profissionais, que avaliaram negativamente a estratégia adotada por Cidade em "fugir" da sabatina.

Segundo um dos jornalistas, a entrevista com Cidade seria a segunda entre os sete prefeitáveis. A primeira transmissão foi realizada nesta quinta-feira (29), com o candidato à reeleição David Almeida (Avante). O apresentador informou ainda que Roberto Cidade teria na agenda visita a uma fábrica do Polo Industrial de Manaus no mesmo horário da sabatina com o grupo.

Dessa forma, os jornalistas resolveram usar o tempo (45 minutos) agendado para que Cidade divulgasse suas propostas para avaliar a campanha do político, que tem ao seu favor o apoio do governador Wilson Lima, do mesmo partido.

"Eu acho que é uma oportunidade que o deputado deixa de aproveitar. Hoje começou o horário eleitoral, 45 minutos, com 6 plataformas, com suas reproduções em todas as redes sociais, no YouTube, é uma oportunidade de apresentar suas propostas. O candidato faz uma opção, que a gente respeita, de cumprir uma agenda pessoal, mas eu volto a dizer que ele perde uma oportunidade de apresentar suas propostas, de debater aquilo que ele propõe na sua candidatura para Manaus", comentou o jornalista Cláudio Barboza.

Segundo o apresentador da sabatina, Roberto Cidade também não compareceu ontem (29) a uma entrevista agendada com uma tradicional TV de Manaus, o que levanta o debate sobre a estratégia adotada pelo candidato do União Brasil em comparecer, por exemplo, a debates em TV e ignorar entrevistas diretas com jornalistas na capital.

"Eu acredito que o candidato Roberto Cidade, pela idade dele, não viveu a ditadura militar como nós vivemos no movimento estudantil. Se ele tivesse pelo menos lido os livros do que aconteceu naquele período negro da história, ele saberia que existia uma lei na época da eleição, chamada lei Armando Falcão, que só aparecia o rosto do candidato e o número. Ele não tinha direito de falar, não tinha direito a se expressar, nem contar suas ideias. Então, ele teria que ter consciência de que esse tempo aqui é ouro. Se o candidato não tem coragem de vir aqui enfrentar seis jornalistas, se ele não tem coragem de enfrentar um momento como esse, como ele vai enfrentar administrar uma cidade tão complexa como Manaus, com tanta dificuldade? Então, ele fica vulnerável diante de seus eleitores e diante da sociedade", criticou o jornalista Mário Adolfo.

Já o jornalista Marcos Santos, além de reprovar a ausência do candidato a prefeito, observou que Roberto Cidade evita também os jornalistas em entrevistas coletivas da Aleam.

"Dizem que nem na Assembleia Legislativa ele não gosta de participar de entrevistas coletivas, ele costuma conversar com jornalistas. Ele é um político que se destaca muito mais os bastidores", disse.

Da mesma maneira, Valmir Lima, que também é profissional de comunicação ligado à cobertura jornalística na capital amazonense, acrescentou que a figura do jornalista está a cada dia mais "rejeitada" pela classe politica, porque os políticos têm "medo" das perguntas e por isso "fogem" dos questionamentos, segundo o profissional.

Posição

Pesquisas eleitorais indicam o crescimento de Roberto Cidade na disputa pela Prefeitura de Manaus. O atual prefeito David Almeida lidera a corrida, seguido por Amom Mandel (Cidadania) e Roberto Cidade, que brigam pela segunda colocação nas intenções de voto.

Lei

Segundo a agência Senado, a Lei Falcão (Lei nº 6339/76) recebeu esse "apelido" por ser criada pelo então ministro da Justiça, Armando Falcão, para evitar o debate político, garantir a vitória dos parlamentares do partido Aliança Renovadora Nacional (Arena), que apoiava a ditadura militar comandada pelo presidente Ernesto Geisel, e tentar deter o crescimento da oposição aglutinada no partido Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que havia conseguido eleger 16 senadores para as 21 vagas disponíveis e inúmeros vereadores nas eleições municipais de 1974.

A Lei Falcão deu nova redação ao artigo 250 do Código Eleitoral, determinando que, na propaganda eleitoral, os partidos estavam limitados a mencionar a legenda, o currículo e o número do registro do candidato na Justiça Eleitoral. Pela televisão, também era permitido divulgar a fotografia do candidato e mencionar local e horário dos comícios.

As limitações da Lei Falcão só foram revogadas em 1984, quando foi liberada a propaganda eleitoral na televisão. A partir de 1985, as disposições sobre propaganda gratuita no rádio e na televisão passaram a ser reguladas por legislação própria a cada eleição. A Lei nº 9504/97 revogou totalmente o artigo 250 do Código Eleitoral e regula atualmente a propaganda eleitoral no Brasil.

Consórcio G6

O grupo é formado por portais de notícias de Manaus que se reuniram sob o nome G6 " Portal ??NICO, Amazonas Atual, Portal do Mário Adolfo, Portal do Marcos Santos, BNC e Blog do Hiel Levy, que elaboraram um cronograma para sabatinar os sete candidatos à Prefeitura de Manaus; David Almeida, Roberto Cidade, Amom Mandel, Alberto Neto (PL), Marcelo Ramos (PT), Wilker Barreto (Mobiliza) e Gilberto Vasconcelos (PSTU).

ELEIÇÕES 2024 MANAUS

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