MANAUS (AM) " Considerado referência, o Hospital do Coração Francisca Mendes (HCFM) localizado na avenida Camapuã, no bairro Cidade Nova II, na zona Norte de Manaus, é alvo de denúncias por pacientes que precisam dos serviços oferecidos pela unidade hospitalar.
As mães de pacientes reclamam do calor e dos equipamentos defeituosos na unidade semi-intensiva do hospital que faz parte da rede estadual de saúde.
Com um mês de vida, a filha de Giovana Martins passou por um cateterismo [procedimento médico que introduz um tubo flexível e muito fino, numa artéria do braço ou da perna, para diagnosticar e tratar doenças cardíacas] e agora a pequena vai passar por cirurgia.
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Nesse sábado, 24/8, Giovana Martins denunciou as condições do local nas redes sociais. Ela e outras mães estão preocupadas com a situação da unidade.
"Falta monitor cardíaco para sabermos o bem estar das crianças na semi-intensiva, falta higiene no banheiro onde as crianças tomam banhos (ficam internadas por meses). Com seis ar-condicionados somente um funciona", denunciou Giovana.
Ela ainda relatou aos internautas que as crianças suam muito com as altas temperaturas que geralmente tem sido em torno de 37° graus e no quarto onde as crianças estão o "calor é insuportável".
"O que a gente faz? cadê a verba pra comprar instrumentos para realizar as cirurgias cardíacas? Para onde a verba da saúde vai? Isso é revoltante e precisa ser resolvido, precisamos de ajuda", registrou a mãe em seu Instagram.
Nas filmagens feitas na unidade semi-intensiva, Giovana relata que, dos sete monitores para acompanhar a saturação de oxigênio no sangue e os batimentos cardíacos, nenhum funciona bem e eles não estão conectados nas crianças cardiopatas, o que preocupa as mães.
Na sala de coleta de sangue, a maca está velha e rasgada, o ar-condicionado não funciona e tem apenas um ventilador. O banheiro da sala semi-intensiva tem mofo no teto e já houve curto-circuito na tomada.
"O fedor que fica infestado vocês não tem noção, a gente [mães de pacientes] tem que colocar naftalina ou até mesmo lavar [chão] com nosso shampoo para suportar o fedor", desabafou Giovana.