NotĂ­cias

Venezuela: CNE rebate informe da ONU como ilegal e mentiroso

Por Redação - [email protected]

16/08/2024 às 15:33:00 - Atualizado hĂĄ
 - Foto: agenciabrasil.ebc.com.br

Logo AgĂȘncia Brasil

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela rebateu, nessa quarta-feira (14), o informe preliminar de Especialistas Eleitorais das Nações Unidas (ONU) sobre a eleição do Ășltimo dia 28 de julho. De acordo o Poder Eleitoral do paĂ­s, o comunicado ligado à ONU Ă© "ilegal", "mentiroso" e cheio de "contradições".

Em informe publicado nesta semana, especialistas da ONU afirmam que a eleição presidencial do paĂ­s sul-americano não cumpriu as medidas bĂĄsicas de transparĂȘncia. O CNE destacou que tal informe Ă© ilegal por violar o acordo firmando entre a organização e o Poder Eleitoral do paĂ­s.

NotĂ­cias relacionadas:

"A publicação de um suposto informe não estava dentro das suas funções e demonstra a intencionalidade polĂ­tica perversa de dita publicação, composta de argumentos falaciosos e desfigurados", diz o texto publicado pelo CNE em uma rede social e, posteriormente, deletado.

Em acordo firmado com o Poder Eleitoral venezuelano, o Painel de Especialistas Eleitorais da ONU se comprometeu a não emitir nenhum pronunciamento pĂșblico. AlĂ©m disso, o CNE lembrou que o próprio regulamento das Nações Unidas veda declarações pĂșblicas de PainĂ©is de especialistas eleitorais.

O CNE destacou que "quase mil observadores" de vĂĄrias partes do mundo acompanharam o processo eleitoral do paĂ­s, alĂ©m de elencar as supostas "mentiras" dos especialistas enviados pela ONU. Entre elas, a afirmação de que houve mudanças de Ășltima hora nas mesas de votação.

"Todos os venezuelanos e venezuelanas inscritos no Registro Eleitoral sabem que podem consultar com antecipação seu centro eleitoral, que não se modifica no dia da eleição", afirmou.

O Conselho tambĂ©m criticou o informe por colocar em dĂșvida o ataque cibernĂ©tico que os sistemas do paĂ­s estariam sofrendo. "Empresas e especialistas nacionais e internacionais tĂȘm constatado o ocorrido e, mais ainda, os próprios terroristas tem reivindicado ditos crimes em diferentes redes sociais", disse o órgão.

O CNE acrescentou que, após anunciar a vitória de NicolĂĄs Maduro, não foi possĂ­vel divulgar os resultados "por ataques contĂ­nuos às plataformas de divulgação que sim estão expostas à internet".

Os magistrados eleitorais da Venezuela acrescentaram ainda que não hĂĄ previsão legal de se entregar as atas eleitorais aos observadores e que atas manuais podem ser falsificadas.

"Na Venezuela o voto Ă© eletrônico e o escrutĂ­nio Ă© automatizado, igual que a totalização, onde se garante a integridade dos dados por meio de esquemas de certificação. As atas manuais são vulnerĂĄveis de ser falsificadas, como de efeito ocorreu posteriormente por parte de alguns atores polĂ­ticos porque não hĂĄ nenhum elemento tĂ©cnico que garanta sua integridade", diz o texto.

O Informe da ONU analisou uma pequena amostra das atas publicadas oposição na internet e sugere que elas são verdadeiras. Tais atas dão vitória ao opositor Edmundo GonzĂĄlez.

As atas da oposição são alvo de uma investigação do MinistĂ©rio PĂșblico da Venezuela, que acusa os opositores de falsificarem os documentos. De acordo com o CNE, a tentativa de validar as atas da oposição "torna evidente a agenda polĂ­tica que guia [os especialistas da ONU]".

Informe ONU

Um painel com quatro especialistas enviados pela ONU para analisar o processo eleitoral da Venezuela do Ășltimo dia 28 de julho divulgou, nessa terça-feira (13), um boletim preliminar.

Baseado na experiĂȘncia do Painel da ONU para eleições, o documento afirma que "o anĂșncio dos resultados sem a publicação de seus detalhes, ou a divulgação de resultados tabulados dos candidatos, não tem precedente em eleições democrĂĄticas contemporâneas".

O comunicado ligado à ONU destacou ainda que o Poder Eleitoral do paĂ­s sul-americano "não cumpriu com medidas bĂĄsicas de transparĂȘncia e integridade que são essenciais para a realização de eleições credĂ­veis" e que tambĂ©m não "seguiu as disposições legais e regulatórias nacionais e todos os prazos estabelecidos foram descumpridos".

Comunicar erro

ComentĂĄrios Comunicar erro

O Manauara

© 2025 O Manauara - Todos os direitos reservados.

•   Política de Cookies •   Política de Privacidade    •   Contato   •

O Manauara