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Hezbollah faz ameaças a Israel e exibe lançadores de mísseis em túneis subterrâneos; VÍDEO

Por Redação - [email protected]

16/08/2024 às 15:33:00 - Atualizado há
 - Foto: g1.globo.com

As imagens, que duram 4 minutos e 30 segundos, mostram membros do Hezbollah se movendo por amplos túneis iluminados, escavados na rocha, utilizando motocicletas e outros veículos. Hezbollah faz ameaças a Israel em vídeo e exibe lançadores de mísseis em túneis O Hezbollah divulgou, nesta sexta-feira (16) em seu Telegram, um vídeo em que faz ameaças a Israel e exibe grandes lançadores de mísseis em túneis subterrâneos. " Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp As imagens, que duram 4 minutos e 30 segundos, mostram membros do grupo terrorista do Líbano se movendo por amplos túneis iluminados, escavados na rocha, utilizando motocicletas e outros veículos. "A resistência do Líbano hoje possui armas, equipamentos, capacidade, membros, estrutura, habilidade, expertise e experiência, e também fé, determinação, coragem e força como nunca antes. As coordenadas de nossos alvos estão em nossas mãos e os mísseis estão posicionados, prontos e focados neles, em total sigilo", diz voz em tom ameaçador. Vídeo do Hezbollah mostra soldados em túneis subterrâneos Hezbollah/Telegram Na instalação, que leva a inscrição "Imad 4", em aparente referência ao comandante do Hezbollah Imad Mughnieh, assassinado em 2008 em um ataque em Damasco atribuído a Israel, se observam caminhões transportando mísseis. Intitulado "Nossas montanhas são nossos armazéns", o vídeo também mostra uma comporta que se abre e um lançador de mísseis apontando para o céu. "A resistência agora possui mísseis de precisão e de não precisão, junto com o poder de armas. Se Israel forçar um conflito no Líbano, vai encarar um destino e realidade que nunca imaginou, e a guerra conosco vai se estender da Palestina para a fronteira do Líbano até a fronteira da Jordânia e o Mar Vermelho", finaliza a voz. Lançador de mísseis em vídeo do Hezbollah Hezbollah/Telegram A divulgação do vídeo ocorre durante as novas negociações para um cessar-fogo em Gaza que estão sendo realizadas em Doha, o que aumenta a preocupação com um possível conflito em grande escala, alta desde as promessas de vingança feitas pelo Irã e pelo grupo terrorista libanês após o assassinato do ex-chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, e do comandante do Hezbollah Fuad Shukr, em Beirute. Negociações de cessar-fogo Os Estados Unidos apresentaram nesta sexta-feira (16) uma nova proposta de cessa-fogo na guerra em Gaza que permitirá a "rápida implementação do acordo" caso ele seja aceito por todas as partes. A nova proposta foi apresentada durante a rodada de negociações realizada na quinta-feira (15) em Doha, no Catar, com a presença de representantes de Israel e dos mediadores do conflito -- EUA, Egito e Catar. O Hamas não quis participar. John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, disse que 'Brasil está papagueando a propaganda russa e chinesa' REUTERS Em comunicado comum, os participantes das conversas afirmaram que a proposta de Washington "resolve as lacunas restantes" nas negociações e permite um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza. "As conversas foram construtivas (...). Os EUA, com apoio do Egito e do Catar, apresentaram a ambas as partes uma proposta edificante que é "consistente com os princípios estabelecidos pelo presidente Joe Biden em 31 de maio (durante outra rodada de negociações) e resolve lacunas que permaneceram". Já um alto comandante do Hamas disse à agência de notícias Reuters que a proposta dos EUA não cumpre pontos combinados no último encontro, em 2 de julho. O integrante do grupo terrorista não especificou os pontos que, segundo ele, não foram cobertos. As conversas foram concluídas nesta sexta-feira, e Israel levará a proposta de Washington para ser analisada. O texto também será entregue ao Hamas. O governo de Netanyahu ainda não havia se pronunciado após o fim da rodada de negociações. Otimismo A Casa Branca está otimista, e, na quinta-feira (15), disse que as negociações de paz tiveram "um início promissor". Nesta sexta, o Departamento de Estado anunciou que o secretário da pasta, Antony Blinken, se encontrará na segunda-feira (19) com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Kirby falou que alguns temas ainda são obstáculos para o acordo e os enumerou: "Os obstáculos que ainda persistem podem ser superados para concluir este processo. Precisamos da libertação dos reféns, de ajuda aos palestinos em Gaza, de segurança para Israel e de menos tensões na região. Exigimos que isso aconteça o mais rápido possível". Provável ataque do Irã, reféns e dúvidas entre Israel e Hamas: o que está em jogo na rodada para alcançar um cessar-fogo em Gaza Desafios do cessar-fogo A marca dos 40 mil mortos no conflito entre Israel e o Hamas foi atingida no mesmo dia em que as negociações sobre um cessar-fogo em Gaza foram retomadas. As conversas começaram nesta manhã e devem se estender pelo fim de semana. Representantes de Israel, dos Estados Unidos e do Egito e do Catar, que mediam as conversas, voltaram a se reunir em Doha para tentar destravar a trégua, que vem sendo debatida há meses, mas não avança por falta de consenso entre as partes. A proposta é que Israel deixe de bombardear Gaza de forma permanente, encaminhando a região para um fim gradual da guerra. Em troca, o Hamas devolve os reféns ainda sob poder do grupo e se compromete a não exercer novos ataques. No entanto, a nova rodada para tentar destravar um cessar-fogo já começa com poucas chances de prosperar. Isso porque o Hamas se negou a participar das negociações por conta do assassinato de seu então líder, Ismail Haniyeh, em Teerã, no Irã, há duas semanas. O Hamas, o Irã e diversos países do Oriente Médio culpam Israel, que não confirmou nem negou autoria no assassinato. Na quarta-feira (14), mesmo às vésperas da retomada das negociações, Israel fez um novo bombardeio na Faixa de Gaza. Também na quarta-feira, um homem afirmou que seus filhos, gêmeos e recém-nascidos, morreram atingidos por um ataque aéreo no momento em que o pai registrava as crianças.
Fonte: g1.globo.com
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