Durante a primeira emergĂȘncia global por mpox, em 2023, a AgĂȘncia Nacional de Vigilância SanitĂĄria (Anvisa) autorizou o uso emergencial da vacina Jynneos para combater a doença, jĂĄ que o insumo não era licenciado no Brasil. A autorização foi renovada em fevereiro deste ano, mas venceria novamente este mĂȘs. O ministĂ©rio jĂĄ fez um novo pedido de renovação.
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PĂșblico-alvo
Desde 2023, mais de 29 mil doses contra a mpox foram aplicadas no Brasil. O pĂșblico-alvo definido à Ă©poca da primeira emergĂȘncia incluiu pessoas vivendo com HIV/aids de 18 a 49 anos, independentemente do status imunológico identificado pela contagem de linfócitos TCD4; e profissionais de laboratórios do tipo NB-2 com idade entre 18 e 49 anos e que trabalham com o Orthopoxvirus.
Quem teve contato direto com fluidos e secreções corporais de pacientes com suspeita de infecção por mpox tambĂ©m integrou o pĂșblico-alvo definido pelo ministĂ©rio para ser imunizado contra a doença, mas mediante avaliação da vigilância local.
Vigilância
"Estamos numa fase em que o que Ă© importante Ă© a vigilância e o monitoramento", destacou a ministra da SaĂșde, NĂsia Trindade. "Muitas vezes, as pessoas ficam ansiosas. A vacina sempre gera uma grande expectativa. Mas Ă© importante reiterar que, nos casos em que se recomenda a vacinação, ela Ă© muito seletiva, focada em pĂșblicos-alvo muito especĂficos atĂ© este momento", explicou a ministra.
"A vacina Jynneos Ă© de um produtor nórdico e tem uma produção pequena. HĂĄ insuficiĂȘncia no mercado internacional", ressaltou a secretĂĄria de Vigilância em SaĂșde do ministĂ©rio, Ethel Maciel. "Neste momento, estamos negociando com a Opas um processo de compra. Para que, alĂ©m daquelas pessoas que jĂĄ vacinamos, ter uma reserva no Brasil", completou.
Segundo Ethel, dentro das configurações da nova emergĂȘncia global instalada pela OMS, o Brasil estĂĄ no nĂvel 1, o menos alarmante, com cenĂĄrio de normalidade para a doença e sem casos da nova variante identificada na RepĂșblica DemocrĂĄtica do Congo, na Ăfrica. O Ășltimo óbito pela doença em solo brasileiro foi registrado em abril de 2023.
De acordo com o ministĂ©rio, o nĂvel 2 refletiria um cenĂĄrio de mobilização, com detecção de casos importados no Brasil; o nĂvel 3, cenĂĄrio de alerta, com detecção de casos autóctones esporĂĄdicos; o nĂvel 4, situação de emergĂȘncia, com transmissão sustentada em território nacional; e o nĂvel 5, situação de crise, com uma epidemia de mpox instalada no paĂs.
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