Desde o assassinato do chefe do Hamas, grupos terroristas e o Irã estão prometendo vingança contra Israel e aliados; Estados Unidos se preparam para o que podem ser ataques significativos no Oriente Médio 'ainda nesta semana'. Pedido para reduzir tensões foi feito pelo embaixador dos EUA na Turquia, Jeff Flake Reuters/Senate TV via Reuters/Handout Os Estados Unidos pediram às autoridades turcas e a outros aliados que têm laços com o Irã para que pressionem o país a reduzir as tensões no Oriente Médio. O pedido foi feito pelo embaixador dos EUA na Turquia, Jeff Flake. Desde o assassinato do então chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, e do comandante do Hezbollah Fuad Shukr, no fim de julho, o Irã e grupos terroristas aliados ao governo iraniano vêm fazendo promessas de vingança contra Israel. Há grande preocupação com a escalada da guerra por toda a região. "Pedimos a todos os nossos aliados que tenham qualquer relação com o Irã para que os pressionem a reduzir as tensões, e isso inclui a Turquia", disse Flake em uma mesa-redonda com jornalistas em Istambul, enquanto se aproxima do fim de sua missão na Turquia. " Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, afirmou na segunda-feira (12) que os Estados Unidos se preparam para a possibilidade de ataques por parte do Irã ou de seus representantes no Oriente Médio "ainda nesta semana". Haniyeh foi assassinado em uma base militar na capital iraniana, Teerã, em 31 de julho. O Irã acusou Israel pelo assassinato. O governo israelense não reivindicou nem negou responsabilidade. "Eles estão fazendo o que podem para garantir que não se agrave", disse o embaixador sobre os interlocutores turcos de Washington, acrescentando que eles "parecem mais confiantes do que nós de que não irá se agravar". As relações entre EUA e Turquia também se tensionaram nos últimos anos devido ao apoio de Washington com os curdos sírios, que a Turquia considera terroristas. Os EUA também sancionaram Ancara pela compra de sistemas de defesa S-400 da Rússia. No entanto, Flake afirmou que as relações com a Turquia estão agora "em um lugar melhor do que há algum tempo". Ele destacou o "papel útil" que o governo turco desempenhou na maior troca de prisioneiros entre os Estados Unidos e a Rússia desde a Guerra Fria, que aconteceu em Ancara no início de agosto. Em uma entrevista à Reuters em junho, Flake disse que a Turquia permanecia firmemente ancorada no Ocidente e que sua parceria com os EUA nunca foi tão forte. Flake afirmou na segunda-feira que a situação em Gaza tem sido "muito difícil". Para ele, a retórica do presidente Tayyip Erdogan contra Israel atrapalha a Turquia desempenhar um papel como interlocutor. O embaixador disse ainda que a divisão entre os países sobre Gaza havia diminuído após Washington começar a "chamar ativamente" por um cessar-fogo, mas o atrito permanecia. Promessas de vingança EUA e países europeus tentam conter tensão no Oriente Médio; EUA envia novos veículos de guerra a Israel Na sexta-feira (9), um vice-comandante da Guarda Revolucionária do Irã afirmou que está pronto para cumprir ordem do líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, de "punir duramente" Israel pelo assassinato de Haniyeh. "As ordens do líder supremo em relação à punição severa de Israel e à vingança pelo sangue do mártir Ismail Haniyeh são claras e explícitas... e serão implementadas da melhor maneira possível", disse Ali Fadavi, citado pela mídia iraniana. As de tensões no Oriente Médio entre Israel e Irã se acirraram na semana passada. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse apenas que seu país deu "golpes esmagadores" em aliados do Irã. Nesta quinta (7), o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, afirmou ter ligado para o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, para informá-lo sobre ajustes na postura das forças dos EUA e reforçar o apoio "inabalável à defesa de Israel".
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