SaĂșde

Mpox: OMS pede que fabricantes submetam vacina para uso emergencial

Por Redação - [email protected]

13/08/2024 às 08:18:00 - Atualizado hĂĄ
 - Foto: agenciabrasil.ebc.com.br

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A Organização Mundial da SaĂșde (OMS) publicou documento oficial solicitando a fabricantes de vacinas contra a mpox que submetam pedidos de anĂĄlise para o uso emergencial das doses. O processo foi desenvolvido especificamente para agilizar a disponibilidade de insumos não licenciados, mas necessĂĄrios em situações de emergĂȘncia em saĂșde pĂșblica.

"Essa Ă© uma recomendação com validade limitada, baseada em abordagem de risco-benefĂ­cio", destacou a entidade. No documento, a OMS solicita que os fabricantes de vacinas contra a doença apresentem dados que possam atestar que as doses são seguras, eficazes, de qualidade garantida e adequadas para as populações-alvo.

Entenda

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A concessão de autorização para uso emergencial, segundo a organização, deve acelerar o acesso às vacinas, sobretudo para paĂ­ses de baixa renda e que ainda não emitiram sua própria aprovação regulamentar. O processo tambĂ©m permite que parceiros como a Aliança para Vacinas (Gavi, na sigla em inglĂȘs) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) adquiram doses para distribuição.

"Existem, atualmente, duas vacinas em uso contra a doença, ambas recomendadas pelo Grupo Consultivo EstratĂ©gico de Peritos em Imunização da OMS (Sage, na sigla em inglĂȘs)", destacou a OMS.

ComitĂȘ de emergĂȘncia

Na semana passada, o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou que havia convocado um comitĂȘ de emergĂȘncia para avaliar o cenĂĄrio de surto da doença na África e o risco de disseminação internacional do vĂ­rus.

Em seu perfil na rede social X, Tedros detalhou que a decisão levou em conta o registro de casos de mpox fora da RepĂșblica DemocrĂĄtica do Congo, onde as infecções estão em ascensão hĂĄ mais de dois anos. O cenĂĄrio se agravou ao longo dos Ășltimos meses em razão do uma mutação que levou à transmissão da doença de pessoa para pessoa, alĂ©m da notificação de casos suspeitos na provĂ­ncia de Kivu do Norte.

A doença

A mpox Ă© uma doença zoonótica viral. A transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animais silvestres infectados, pessoas infectadas pelo vĂ­rus e materiais contaminados. Os sintomas, em geral, incluem erupções cutâneas ou lesões de pele, linfonodos inchados (Ă­nguas), febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza.

As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com lĂ­quido claro ou amarelado, podendo formar crostas que secam e caem. O nĂșmero de lesões pode variar de algumas a milhares. As erupções tendem a se concentrar no rosto, na palma das mãos e na planta dos pĂ©s, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive na boca, nos olhos, nos órgãos genitais e no ânus.

De acordo com a organização humanitĂĄria MĂ©dicos Sem Fronteiras, a mpox requer tratamento de suporte, de forma a controlar os sintomas da forma mais eficaz possĂ­vel e evitar mais complicações. A maioria dos pacientes tratados se recupera dentro de um mĂȘs, mas a doença pode ser fatal quando não tratada. Na RepĂșblica DemocrĂĄtica do Congo, onde a taxa de mortalidade da cepa existente Ă© muito maior do que na África Ocidental, mais de 479 pessoas morreram desde o inĂ­cio do ano.

Primeira emergĂȘncia

Em maio de 2023, quase uma semana após alterar o status da covid-19, a OMS declarou que a mpox tambĂ©m não configurava mais emergĂȘncia em saĂșde pĂșblica de importância internacional. Em julho de 2022, a entidade havia decretado status de emergĂȘncia em razão do surto da doença em diversos paĂ­ses.

"Assim como com a covid-19, o fim da emergĂȘncia não significa que o trabalho acabou. A mpox continua a apresentar desafios de saĂșde pĂșblica significantes que precisam de resposta robusta, proativa e sustentĂĄvel", declarou, à Ă©poca, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom.

"Casos relacionados a viagens, registrados em todas as regiões, demonstram a ameaça contĂ­nua. Existe risco, em particular, para pessoas que vivem com infecção por HIV não tratada. Continua sendo importante que os paĂ­ses mantenham sua capacidade de teste e seus esforços, avaliem os riscos, quantifiquem as necessidades de resposta e ajam prontamente quando necessĂĄrio", alertou Tedros, em 2023.

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