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EUA anulam acordo que livraria mentor do 11 de setembro do corredor da morte

Por Redação - [email protected]

03/08/2024 às 08:46:00 - Atualizado há
 - Foto: g1.globo.com

Acordo que descartava a possibilidade de pena de morte para Khalid Sheikh Mohammed incomodou familiares de vítimas mortas no atentado. Khalid Sheikh Mohammed, fotografado logo após sua captura no Paquistão, em Março de 2003 Arquivo AP O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, cancelou nesta sexta-feira (2) um acordo de culpabilidade com o cérebro dos atentados de 11 de setembro de 2001, Khalid Sheikh Mohammed, dois dias depois do anúncio de um pacto que descartaria a pena de morte. Os acordos alcançados com Mohammed e dois supostos cúmplices eram o ponto final desses casos, mas provocaram a indignação de familiares de algumas das mais de 3 mil vítimas assassinadas em 11 de setembro de 2001. "Determinei que, à luz da importância da decisão de se chegar a acordos pré-julgamento com os acusados... a responsabilidade de tal decisão deve recair sobre mim", disse Austin em um memorando dirigido à funcionária Susan Escallier, supervisora dos casos. Nova York relembra atentados terroristas de 11 de setembro na igreja que foi reconstruída totalmente depois dos ataques "Por meio deste [memorando], retiro os três acordos pré-julgamento que você assinou em 31 de julho de 2024 no caso acima referenciado", acrescentou o secretário. Os processos contra os três réus dos atentados de 11 de setembro de 2001 ficaram atolados em manobras pré-julgamento durante quase duas décadas, tempo em que Khalid Sheikh Mohammed - permaneceu detido na base militar de Guantánamo em Cuba, assim como os outros dois réus. O jornal "The New York Times" informou esta semana que Mohammed, Walid bin Attash e Mustafa al-Hawsawi tinham chegado a um acordo para se declararem culpados de conspiração em troca da prisão perpétua, em vez de irem a julgamento com possibilidade de condenação à pena capital. Grande parte do debate jurídico em torno dos casos dos acusados se concentrou em saber se eles poderiam ser julgados com imparcialidade após terem sido submetidos a torturas pela Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) durante todos esses anos.
Fonte: g1.globo.com
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