VĂdeos que registram os ataques e atos de violĂȘncia tĂȘm sido divulgados nos meios de comunicação estatais venezuelanos e nas redes sociais. Desde o anĂșncio da vitória de Maduro na eleição do Ășltimo domingo (28), a oposição denuncia fraude e convoca manifestações de protesto.
"Este Ă© um protesto, Volker TĂŒrk? Isto Ă© protesto legĂtimo? Isto Ă© democracia, ou Ă© fascismo criminoso? Os Estados Unidos [EUA], seus aliados, a União Europeia e Volker Turull vão dizer que estes são presos polĂticos", disse, após mostrar vĂdeos de atos violentos registrados no paĂs.
O governo tem recebido crĂticas de meios de comunicação, lĂderes de outros paĂses e organizações não governamentais por causa das prisões em massa e da violĂȘncia nas ruas do paĂs.
A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, candidata à Casa Branca em novembro comentou a situação em uma rede social. "A violĂȘncia, o assĂ©dio e as ameaças contra manifestantes pacĂficos e intervenientes polĂticos são inaceitĂĄveis", disse.
O governo Maduro, por sua vez, sustenta que (os responsĂĄveis) são grupos organizados para cometer violĂȘncia e que foram registrados casos de assĂ©dio e intimidação contra lideranças ligadas ao governo.
"Um dos mĂ©todos desses grupos criminosos Ă© intimidar os lĂderes do CLAP [programa social de alimentação fo governo], os lĂderes de rua, os lĂderes comunitĂĄrios, os lĂderes porta-vozes dos conselhos comunais, que os enfrentaram com dignidade", afirmou.
Autoridades venezuelanas afirmam que alguns dos cerca de 750 presos nos distĂșrbios foram pagos para cometer os atos violentos. VĂdeos com relatos de supostos manifestantes presos admitindo que receberam dinheiro para atacar alguns locais estão sendo transmitidos nos meios de comunicação oficiais.
Maduro responsabilizou Edmundo GonzĂĄlez, seu principal adversĂĄrio na eleição de domingo, e a opositora MarĂa Corina Machado pela violĂȘncia. "Quem lhes deu a ordem? Que objetivos eles tinham para atacar e queimar a PolĂcia Nacional, atacar os transeuntes, atacar qualquer um que se pareça com um chavista?", perguntou.
O presidente da Venezuela prometeu criar um fundo para ressarcir as pessoas que tiveram prejuĂzos materiais devido aos distĂșrbios e tomar medidas de proteção às lideranças chavistas ameaçadas.
Apesar dos atos violentos, tambĂ©m foram registradas manifestações pacĂficas no paĂs, como o ato realizado por Edmundo GonzĂĄlez e MarĂa Corina Machado na terça-feira (30), em Caracas.
Em uma rede social, GonzĂĄlez manifestou solidariedade "ao povo ante sua justificada indignação. O candidato lamentou as informações sobre mortes, feridos e presos durante os distĂșrbios e pediu que as forças armadas e de segurança "detenham a repressão de manifestações pacĂficas. VocĂȘs sabem o que houve no domingo. Cumpram com seu juramento."