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Atos na Venezuela atacam comércios e Maduro questiona se são pacíficos

Por Redação - [email protected]

31/07/2024 às 15:04:00 - Atualizado hĂĄ
 - Foto: agenciabrasil.ebc.com.br

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Os distĂșrbios registrados na Venezuela nos Ășltimos dias incluem queima de estabelecimentos comerciais, de prĂ©dios pĂșblicos destinados a serviços como saĂșde e educação e de locais ligados ao partido do governo (PSUV). HĂĄ ainda relatos de intimidações e ataques a simpatizantes do governo e lĂ­deres comunitĂĄrios ligados ao chavismo.

VĂ­deos que registram os ataques e atos de violĂȘncia tĂȘm sido divulgados nos meios de comunicação estatais venezuelanos e nas redes sociais. Desde o anĂșncio da vitória de Maduro na eleição do Ășltimo domingo (28), a oposição denuncia fraude e convoca manifestações de protesto.

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Ao comentar a violĂȘncia nas ruas e mostrar vĂ­deos de ataques a prĂ©dios pĂșblicos e comerciais, o presidente NicolĂĄs Maduro questionou se os atos são pacĂ­ficos e provocou o alto comissĂĄrio de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU), Volker TĂŒrk, que acusou o governo de fazer uso desproporcional da força contra manifestações pacĂ­ficas.

"Este Ă© um protesto, Volker TĂŒrk? Isto Ă© protesto legĂ­timo? Isto Ă© democracia, ou Ă© fascismo criminoso? Os Estados Unidos [EUA], seus aliados, a União Europeia e Volker Turull vão dizer que estes são presos polĂ­ticos", disse, após mostrar vĂ­deos de atos violentos registrados no paĂ­s.

O governo tem recebido crĂ­ticas de meios de comunicação, lĂ­deres de outros paĂ­ses e organizações não governamentais por causa das prisões em massa e da violĂȘncia nas ruas do paĂ­s.

A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, candidata à Casa Branca em novembro comentou a situação em uma rede social. "A violĂȘncia, o assĂ©dio e as ameaças contra manifestantes pacĂ­ficos e intervenientes polĂ­ticos são inaceitĂĄveis", disse.

O governo Maduro, por sua vez, sustenta que (os responsĂĄveis) são grupos organizados para cometer violĂȘncia e que foram registrados casos de assĂ©dio e intimidação contra lideranças ligadas ao governo.

"Um dos mĂ©todos desses grupos criminosos Ă© intimidar os lĂ­deres do CLAP [programa social de alimentação fo governo], os lĂ­deres de rua, os lĂ­deres comunitĂĄrios, os lĂ­deres porta-vozes dos conselhos comunais, que os enfrentaram com dignidade", afirmou.

Autoridades venezuelanas afirmam que alguns dos cerca de 750 presos nos distĂșrbios foram pagos para cometer os atos violentos. VĂ­deos com relatos de supostos manifestantes presos admitindo que receberam dinheiro para atacar alguns locais estão sendo transmitidos nos meios de comunicação oficiais.

Maduro responsabilizou Edmundo GonzĂĄlez, seu principal adversĂĄrio na eleição de domingo, e a opositora MarĂ­a Corina Machado pela violĂȘncia. "Quem lhes deu a ordem? Que objetivos eles tinham para atacar e queimar a PolĂ­cia Nacional, atacar os transeuntes, atacar qualquer um que se pareça com um chavista?", perguntou.

O presidente da Venezuela prometeu criar um fundo para ressarcir as pessoas que tiveram prejuĂ­zos materiais devido aos distĂșrbios e tomar medidas de proteção às lideranças chavistas ameaçadas.

Oposição

Apesar dos atos violentos, tambĂ©m foram registradas manifestações pacĂ­ficas no paĂ­s, como o ato realizado por Edmundo GonzĂĄlez e MarĂ­a Corina Machado na terça-feira (30), em Caracas.

Em uma rede social, GonzĂĄlez manifestou solidariedade "ao povo ante sua justificada indignação. O candidato lamentou as informações sobre mortes, feridos e presos durante os distĂșrbios e pediu que as forças armadas e de segurança "detenham a repressão de manifestações pacĂ­ficas. VocĂȘs sabem o que houve no domingo. Cumpram com seu juramento."

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