Na última sexta-feira, 26 de julho, o juiz Celso Souza de Paula, titular da 3.ª Vara Especializada em Crimes de Uso e Tráfico de Entorpecentes (3.ª VECUTE), aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE) em um caso de grande repercussão social envolvendo a tragédia da jovem Djidja Cardoso. O processo, de número 0508159-44.2024.8.04.0001, tem como réus dez indivíduos acusados de envolvimento com o tráfico de substâncias entorpecentes.

A história que culminou neste processo remete à morte de Djidja Cardoso, um evento trágico que mobilizou a sociedade e levantou questões sobre a realidade do tráfico de drogas no Amazonas. A investigação, conduzida pela Polícia Civil do Estado, resultou no indiciamento desses dez suspeitos, entre os quais quatro estão respondendo em liberdade, enquanto seis permanecem detidos.

Em sua decisão, o juiz Celso Souza de Paula indeferiu o pedido de relaxamento de prisão dos quatro réus que aguardavam a resposta da Justiça em liberdade. A negativa reforça a seriedade da acusação e o entendimento do juiz sobre a necessidade de manter a prisão preventiva, dada a gravidade das circunstâncias envolvendo o tráfico de drogas.

A mesma decisão também estabeleceu a audiência de instrução inaugural para o dia 4 de setembro deste ano. Neste primeiro ato processual, serão ouvidas as testemunhas de acusação, seguidas das testemunhas de defesa e, por fim, os próprios acusados. Vale ressaltar que, devido ao número significativo de testemunhas e réus, é provável que a instrução processual se estenda por várias datas até sua conclusão.

Adicionalmente, o processo tramita em segredo de justiça, um ponto que ressalta a importância e a sensibilidade do caso em análise. O segredo de justiça é uma medida que visa proteger a intimidade das partes envolvidas, mas também coloca um foco maior na necessidade da sociedade por respostas e transparência em casos que envolvem crimes tão conflituosos como o tráfico de drogas.

O caso de Djidja Cardoso não é apenas mais um episódio no sistema de justiça criminal, mas sim um reflexo das complexidades sociais e do impacto das drogas na vida de indivíduos e comunidades. Com a aceitação da denúncia e a definição da audiência, a Justiça avança em sua luta contra o tráfico de entorpecentes, buscando trazer à luz a verdade dos fatos e promover a responsabilidade pelos atos cometidos.

Assim, a aceitação da denúncia pelo juiz Celso Souza de Paula e o agendamento da audiência representam passos significativos na busca por justiça, não apenas para a memória de Djidja, mas também para a sociedade que clama por medidas eficazes no combate ao tráfico de drogas e seus efeitos devastadores. A atenção do público e da mídia se volta agora para o desdobramento deste processo, sob a expectativa de que as instâncias judiciais possam oferecer maior clareza e justiça aos envolvidos.