
Declaração pública em favor da virtual candidata democrata à Casa Branca já era esperada desde o início da semana, quando Harris conquistou apoio da ampla maioria dos delegados do partido para disputar a Presidência. Obama manifesta apoio a Kamala Harris
O ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama manifestou publicamente seu apoio à pré-candidatura de Kamala Harris à Casa Branca, nesta sexta-feira (26). Ela se tornou o provável novo nome do partido Democrata, após o atual presidente dos EUA, Joe Biden, desistir de concorrer.
" A eleição norte-americana está prevista para acontecer em 5 de novembro. A disputa será entre o ex-presidente republicano Donald Trump e um candidato do partido Democrata.
Apesar de Kamala ser a provável indicada, ela deve disputar a nomeação com o senador Sherrod Brown " o candidato oficial será definido em uma convenção de Chicago, marcada para 19 de agosto (entenda aqui).
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Obama e Kamala publicaram o mesmo vídeo em seus perfis na rede social X (antigo Twitter). A gravação mostra a pré-candidata recebendo uma ligação de Obama e sua esposa, Michele. A ex-primeira dama dos EUA chama a possível candidata dos democratas de "minha garota, Kamala" e afirma estar orgulhosa dela: "isso será histórico". Ela respondeu dizendo que o apoio é muito significativo para ela e que "as palavras e a amizade que vocês me deram todos esses anos significam mais do que eu posso expressar".
"Nós ligamos para dizer que Michelle e eu não poderíamos estar mais orgulhosos em apoiar você e vamos fazer tudo o que nós pudermos para que você passe por essa eleição, e chegue ao Salão Oval (gabinete do presidente dos EUA)", declarou Barack Obama.
Kamala Harris e Barack Obama se abraçam durante evento na Casa Branca em abril de 2022
Carolyn Kaster/AP
Em sua mensagem na rede social X, Obama sugere que a conversa ocorreu há alguns dias:
"Mais cedo nesta semana, Michelle e eu ligamos para nossa amiga Kamala Harris. Nós dissemos a ela que nós achamos que ela será uma presidente dos EUA fantástica e que ela tem nosso total apoio. Neste momento crítico para o nosso país, nós vamos fazer tudo o que pudermos para ter certeza de que ela vencerá em novembro. Esperamos que vocês se unam a nós."
Apoio esperado
O apoio público de Obama era esperado desde que Kamala assegurou o números de delegados democratas necessários para garantir a sua candidatura à Presidência, no início da semana.
O endosso de Michelle, junto ao de Obama, também era provável, já que pesquisas de opinião haviam apontado que uma suposta candidatura da ex-primeira-dama seria a única capaz de desbancar Donald Trump nas urnas, nas eleições e novembro.
Kamala Harris cumprimenta Barack Obama antes da posse de Joe Biden em janeiro de 2021
Jonathan Ernst/Reuters
Reservadamente, Obama já havia expressado total apoio a Harris e mantinha contato regular cvom ela ao longo da semana, segundo a agência Reuters.
Agências de notícias especulavam que a demora de Obama em fazer uma declaração pública a favor de Harris se devia à amizade com Joe Biden, que o ex-presidente não queria ver abalada.
Troca de acusações contra Trump
A tensão entre Kamala Harris e Donald Trump vem aumentando nos útlimo dias, com uma troca de acusações entre os dois enquanto a agenda da vice-presidente assume um tom cada vez mais eleitoral.
Ao mesmo tempo em que Harris acusou o candidato republicano de arrastar o país para "um passado obscuro", o magnata afirmou que os democratas tiraram Joe Biden da disputa para colocar em seu lugar uma possível candidata "lunática" e "mentirosa".
Em mensagem na rede social X, Kamala disse estar preparada para debater com Trump, e acusou o adversário de recuar após concordar com um debate em 10 de setembro.
Dias atrás, o republicano afirmou que estava "absolutamente disposto" a debater com Kamala, mas ele não concorda com a emissora de TV escolhida.
A troca de acusações entre os dois seguiu. O programa dos republicanos "é um plano para devolver os Estados Unidos a um passado obscuro", disse Kamala à Federação Americana de Professores, reunida em Houston.
"Trump e seus aliados extremistas querem levar nossa nação de volta a políticas econômicas fracassadas, à luta contra os sindicatos, à volta das isenções fiscais para os bilionários", acrescentou a pré-candidata democrata, que deve ser oficialmente indicada na convenção do partido em agosto.