SaĂșde

Ministério da Saúde confirma duas mortes por febre oropouche

Por Redação - [email protected]

26/07/2024 às 08:01:00 - Atualizado hĂĄ
 - Foto: agenciabrasil.ebc.com.br

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O MinistĂ©rio da SaĂșde confirmou nesta quinta-feira (25) duas mortes por febre oropouche no paĂ­s. AtĂ© o momento, não havia relato na literatura cientĂ­fica mundial sobre a ocorrĂȘncia de óbito pela doença, informou a pasta, em nota.

As mortes são de mulheres que viviam no interior da Bahia. Elas tinha menos de 30 anos de idade, sem comorbidades, e apresentaram sinais e sintomas semelhantes ao de dengue grave.

Casos sob investigação

NotĂ­cias relacionadas:

O ministĂ©rio investiga uma morte em Santa Catarina e se quatro casos de interrupção de gestação e dois de microcefalia em bebĂȘs tĂȘm relação com a doença (Pernambuco, Bahia e Acre). Foi descartado relação da febre com uma morte no Maranhão.

No Ășltimo dia 11, o MinistĂ©rio da SaĂșde emitiu uma nota tĂ©cnica a todos os estados e municĂ­pios recomendando o reforço da vigilância em saĂșde sobre a possibilidade de transmissão vertical do vĂ­rus. Com a nota tĂ©cnica, o ministĂ©rio pretende tambĂ©m orientar a sociedade sobre a arbovirose.

A medida foi adotada após o Instituto Evandro Chagas detectar a presença do genoma do vĂ­rus em um caso de morte fetal, e de anticorpos em amostras de quatro recĂ©m-nascidos com microcefalia.

No entanto, o ministĂ©rio destacou que não hĂĄ evidĂȘncias cientĂ­ficas consistentes sobre a transmissão do vĂ­rus Orov da mãe infectada para o bebĂȘ durante a gestação e nem sobre o efeito da infecção sobre malformação de bebĂȘs ou aborto.

Este ano, jĂĄ foram registrados 7.236 casos de febre do oropouche, em 20 estados. A maior parte foi identificado no Amazonas e em Rondônia. Desde 2023, foi ampliada a detecção de casos da doença no Brasil, por meio de testes de diagnóstico na rede pĂșblica em todas as regiões.

Febre Oropouche

A febre Oropouche Ă© uma doença viral. O vĂ­rus Orov Ă© transmitido, principalmente, por meio da picada de um mosquito conhecido como maruim (Culicoides paraensis), bem como por espĂ©cies do mosquito Culex. No Brasil, o vĂ­rus foi isolado pela primeira vez em 1960.

O ministĂ©rio explicou que a febre oropouche pode ser confundida com a dengue. A doença evolui com febre de inĂ­cio sĂșbito, cefaleia (dor de cabeça), mialgia (dor muscular) e artralgia (dor articular). Outros sintomas como tontura, dor retro-ocular, calafrios, fotofobia, nĂĄuseas e vômitos tambĂ©m são relatados.

Os sintomas duram cerca de dois a sete dias. Mas, atĂ© 60% dos pacientes podem apresentar recorrĂȘncia dos sintomas, após uma a duas semanas a partir das manifestações iniciais. A maioria das pessoas tem evolução benigna e sem sequelas, mesmo nos casos mais graves.

AtĂ© o momento, não hĂĄ tratamento especĂ­fico para a febre oropouche. A terapia atual apenas alivia os sintomas.

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