Em um cenário que deveria ser pautado pela diligência e compromisso com os interesses da população, a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) tem enfrentado uma realidade preocupante. Durante o primeiro semestre de 2024, uma análise detalhada revelou que dois deputados estaduais não utilizaram a tribuna nem uma única vez, apesar de terem recebido um recesso dobrado.
Segundo os dados levantados, no período compreendido entre 1º de fevereiro e 27 de junho de 2024, os 24 deputados estaduais do Amazonas realizaram um total de 466 pronunciamentos no plenário da Aleam. No entanto, alguns parlamentares se mantiveram em completo silêncio durante todo esse tempo, não exercendo plenamente suas funções legislativas.
Os deputados Wanderley Monteiro (Avante) e Cristiano D'Angelo (MDB) não se manifestaram nem uma vez, deixando de cumprir seu papel de representantes da população. Embora a deputada Mayra Dias (Avante) também não tenha utilizado a tribuna, sua ausência se justifica pelo fato de estar de licença-maternidade.
Essa situação se agrava ainda mais quando consideramos que, além desses parlamentares silenciosos, a deputada Joana Darc (União) falou apenas duas vezes, também devido a uma licença-maternidade. Já o deputado Doutor Gomes (Podemos) fez uso da tribuna em apenas quatro ocasiões, seguido pela deputada Débora Menezes (PL) e pelo deputado Abdala Fraxe (Avante), que se pronunciaram cinco vezes cada.
Em contraste, alguns deputados se destacaram pela intensa atividade na tribuna. O deputado Sinésio Campos (PT) realizou 47 pronunciamentos, Wilker Barreto (Mobiliza) proferiu 72 falas e Comandante Dan (PSC) liderou com 91 intervenções. Esses parlamentares cumpriram efetivamente suas funções, apontando problemas, sugerindo soluções e relatando denúncias.
A Aleam, como instância fundamental para a representação dos interesses da sociedade amazonense, deve zelar pela atuação diligente de seus deputados. A inércia de alguns parlamentares é um sinal preocupante, que suscita questionamentos sobre o compromisso desses representantes com o bem-estar da população.
Essa situação evidencia a necessidade de uma maior transparência e responsabilização na Assembleia Legislativa. Os cidadãos têm o direito de exigir que seus representantes sejam proativos, participativos e atuantes na defesa dos interesses da comunidade.
Cabe à Aleam implementar mecanismos eficazes de acompanhamento e fiscalização da atuação de seus deputados, garantindo que eles cumpram efetivamente suas obrigações constitucionais. Somente assim será possível assegurar que a voz do povo amazonense seja devidamente representada e atendida.
O silêncio de alguns parlamentares na tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas é uma lacuna que deve ser preenchida com engajamento, responsabilidade e comprometimento com os anseios da sociedade. ?? imperativo que todos os deputados estaduais exerçam plenamente seu papel de representantes, atuando de forma ativa e diligente em prol do desenvolvimento e do bem-estar do Amazonas.
A Ausência de Debate Parlamentar no Amazonas
Em um momento crucial para o estado do Amazonas, a Assembleia Legislativa tem demonstrado uma preocupante falta de engajamento por parte de alguns de seus membros.
No entanto, a recente decisão da Mesa Diretora da Aleam de dobrar o tempo de recesso do meio do ano, de 15 para 30 dias, levanta questionamentos sobre a prioridade dada às atividades parlamentares. Essa medida ocorre em um momento em que o governo estadual decretou estado de emergência devido à estiagem, evidenciando a necessidade de um debate mais ativo e engajado por parte dos representantes eleitos.
O uso da tribuna é fundamental para o exercício da atividade parlamentar, pois permite que os deputados exponham suas opiniões, discutam propostas, denunciem irregularidades e deem voz às demandas da população. A omissão de alguns parlamentares em utilizar essa ferramenta é um desrespeito ao mandato que lhes foi conferido pelos cidadãos.
Espera-se que os deputados estaduais do Amazonas compreendam a importância de sua atuação e utilizem o espaço parlamentar para defender os interesses públicos e solucionar os problemas enfrentados pela população. A ausência de pronunciamentos por parte de alguns representantes não apenas compromete o debate democrático, mas também representa uma inversão de valores em relação ao exercício do mandato.