O Boi Caprichoso apostou em dar ênfase às raízes e tradições dos bois e valorizar a cultura popular
O Boi-Bumbá Caprichoso é o grande campeão do 57º Festival Folclórico de Parintins. O touro negro apresentou o tema "Cultura - O Triunfo do Povo" ao longo das três noites do festival que aconteceu de sexta-feira (28) até este domingo (30). Com o novo título, o Caprichoso é tricampeão do festival e acumula 26 títulos.
A apuração aconteceu na tarde desta segunda-feira (01) no Bumbódromo de Parintins (a 369 quilômetros de Manaus). O Boi Caprichoso totalizou 1259,3 pontos e venceu a primeira e terceira noite. Já o Boi Garantido totalizou 1259,2.
Para buscar o título de tricampeão e o 26º troféu, o Boi Caprichoso apostou em dar ênfase às raízes e tradições dos bois e valorizar a cultura popular, levando para a arena elementos que representam a essência do folclore, através de alegorias gigantescas que encheram os olhos de centenas de turistas e torcedores azulados.
Destaques das apresentações
Durante a primeira noite o touro negro encantou o público com uma performance aérea, trazendo o apresentador Edmundo Oran, o levantador de toadas Patrick Araújo e o boi içados por um guindaste.
Já na segunda noite o boi exaltou os povos indígenas e ribeirinhos com o tema Tradições: O Flamejar da Resistência Popular. O boi azulado levou para a arena três alegorias e a Figura Típica homenageou o Pescador da Amazônia, com cores e movimentos cheios de detalhes, criação dos artistas Márcio Gonçalves e Marlucio Pereira.
O Boi Caprichoso fechou a última noite do festival levando para a arena o apelo contundente em favor da proteção da floresta e dos povos originários, a partir do tema "Saberes, o Reflorestar das Consciências".
Ao longo da apresentação, o bumbá azulado deu destaque para as emergências climáticas, com a presença de líderes indígenas como Vanda Witoto. O espetáculo foi encerrado com o Ritual Indígena, entoado por Awa Guajá " A Oferenda e Sacaca.
O troféu
O troféu entregue ao Caprichoso foi criado pelo artistas Lucijones Cursino e dá destaque a cor azul e a cabeça do boi Caprichoso.
"A gente tem que ter orgulho dos nossos símbolos, das nossas cores", defende o criador das obras.