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Eletrobras segue na batalha para receber dívida de R$ 10 bilhões da Amazonas Energia

Por Redação - [email protected]

11/05/2024 às 15:12:00 - Atualizado há

Amazonas " A Eletrobras está em uma verdadeira saga para recuperar créditos significativos junto à Amazonas Energia, distribuidora privatizada em 2018, mas que ainda traz dores de cabeça à ex-estatal, acumulando uma inadimplência alarmante de R$10 bilhões de reais.

Essa situação complicada da distribuidora de energia amazonense teve um impacto considerável sobre a receita da Eletrobras no primeiro trimestre deste ano, com um montante de R$432 milhões de reais não reconhecidos em seu balanço, segundo informações divulgadas pela própria companhia.

Em uma teleconferência realizada nesta quinta-feira, o CEO da Eletrobras, Ivan Monteiro, ressaltou os esforços intensos da empresa na busca pelo recebimento desses créditos, envolvendo não apenas medidas legais, mas também discussões vigorosas com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Ministério de Minas e Energia.

A Amazonas Energia, segundo a Eletrobras, não realiza qualquer pagamento desde novembro, quando a agência reguladora recomendou ao governo a caducidade da concessão, após a negação de um plano de transferência de controle apresentado pelo atual concessionário, o grupo Oliveira Energia.

Marcelo de Siqueira Freitas, vice-presidente jurídico da Eletrobras, destacou que mais de três quartos do valor total da dívida que a Amazonas Energia possui com o grupo já estão judicializados, com processos de cobrança em andamento e uma atuação bastante incisiva da empresa.

Mas a Eletrobras pretende ir além: Marcelo afirmou que serão adotadas medidas legais ainda mais incisivas para cessar essa situação de inadimplência e buscar os créditos passados, evidenciando a determinação da empresa em resolver esse imbróglio.

A privatização da Amazonas Energia, realizada em 2018, levantou ceticismo no mercado devido aos prejuízos acumulados e à complexidade da concessão. E parece que as expectativas negativas se confirmaram, com o atual controlador sendo incapaz de melhorar a situação econômico-financeira e operacional da distribuidora.

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