A advogada Goreth Campos Rubim, denunciou que foi agredida no inĂcio deste mĂȘs por Huelington da Silva Ferreira, servidor do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), enquanto atuava junto com uma oficial de justiça, para que uma lancha que era de posse de seu cliente " Ăguas Claras Serviços e Transportes MarĂtimos " fosse devolvida. A embarcação apreendida teria que ser restituĂda após decisão judicial. O caso aconteceu no municĂpio de Novo Airão, distante a 115 quilômetros da capital amazonense.
Após o servidor receber a decisão judicial, este teria dito que a advogada "deveria aprender a fazer o seu trabalho direito" e teria fechado a porta na cara da advogada, empurrando uma cadeira na direção dela, atingindo sua perna esquerda. Por conta do caso, um ato de desagravo (uma medida efetivada na defesa do advogado que tenha sido ofendido no exercĂcio da profissão ou em razão dela) foi realizado pela Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Amazonas, na terça-feira (26) e contou com a presença do presidente da OAB-Amazonas Jean Cleuter Simões Mendonça e da Dra. ??ngela Segadilha, relatando o caso que ocorreu com a advogada.
Agressão
No inĂcio deste mĂȘs de março, a advogada conseguiu uma decisão deferida pelo juiz de direito TĂșlio de Oliveira Dorinho, que determinou que fosse entregue imediatamente a embarcação chamada de Ăguas Claras XXI ao seu dono de origem, que seria Enoch da Silva SimplĂcio. Após a decisão judicial, Goreth Rubim se deslocou atĂ© a sede do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) juntamente com uma oficial de justiça, tambĂ©m mulher, e ambas teriam sido deixadas no calor por mais de 30 minutos.
"Após falar com ele, ele começou a me falar que eu tinha que aprender a fazer meu trabalho direito, que da Ășltima vez eu não tinha conseguido. Nós tĂnhamos ido buscar a embarcação e ele disse que não iria entregar porque o tamanho da embarcação não batia com o tamanho do motor. PorĂ©m nós tĂnhamos que levar essa embarcação para resolver essas pendĂȘncias na Capitania dos Portos e para passar por vistoria e o juiz acatou o pedido e o servidor não gostou". disse a advogada.
Logo após, o servidor Huelington da Silva Ferreira teria fechado a porta em sua frente e se recusou a entregar a embarcação que teria sido apreendida anteriormente mesmo com a decisão judicial. Em determinado momento, o mesmo teria empurrado uma cadeira na direção da advogada, que acabou sendo atingida na região da perna. Em seguida, após ela continuar falando, o servidor fechou a porta na cara da advogada. A embarcação foi devolvida ao dono no dia 15 deste mĂȘs.
A reportagem entrou em contato com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e questionamos quais medidas estão sendo tomadas em relação a agressão e quais os motivos pelos quais o servidor queria que a embarcação não fosse devolvida, mesmo com ordem judicial, e recebemos a resposta de que "o ICMBio estĂĄ investigando o evento mencionado, com o objetivo de esclarecer os fatos e apurar possĂveis responsabilidades".